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É licito

 


“E, levantando-se dali, foi para os termos da Judéia, além do Jordão, e a multidão se reuniu em torno Dele; e tornou a ensiná-los, como tinha por costume. E, aproximando-se Dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?” (Marcos 10:1-2)
 

         Jesus estava sempre em trânsito, sempre andando de aldeia em aldeia pregando o Evangelho. Em toda a oportunidade, Ele pregava, e como sempre havia multidões que o seguiam pelos mais variados motivos: uns queriam conhecer mais do Reino, outros estavam à espera de um milagre, além dos religiosos, os fariseus, que estavam sempre aguardando que Ele se contradissesse, para o denunciarem e assim o prenderem e o conduzirem à morte. Claro que havia os que o seguiam somente em busca de alimentos, para matarem a sua fome de alimentos, pois já tinham se alimentado quando Ele abençoou os pães e peixes e os multiplicou. Devemos observar que a todo o tempo Jesus era questionado e testado, pois as pessoas, que são naturalmente maldosas, queriam sempre tentar desmascará-lo, como se Ele fosse uma farsa, mas o que eles conseguiam com essas atitudes era simplesmente que Jesus mostrasse mais o Reino de Deus, além de sinais e maravilhas, e isso os deixava calados, sem terem o que falar, a não ser glorificar o Nome do Senhor (que é Santo para sempre Amém). E assim cada vez mais o Evangelho de Jesus Cristo estava sendo divulgado. Agora os religiosos, os fariseus, vão até Ele para o testar, para ver se Ele iria contradizer a lei. Esses religiosos vão questioná-lo sobre o casamento, isto porque eles mesmos não seguiam, não praticavam a lei. Os religiosos queriam saber se era possível o homem deixar, abandonar, divorciar-se da mulher, assim como os religiosos da nossa época, que também procuram justificar os seus adultérios continuados, pois são muitos os que querem justificar, apoiar o recasamento, o divórcio, ou seja, ir frontalmente contra a Palavra de Deus. Infelizmente, as pessoas querem dizer que são homens e mulheres de Deus, mas querem satisfazer as suas vontades, e não a do Senhor, querem fazer orações, fazer parte de congregações, mas não querem seguir Jesus. Na verdade, estão quase que impondo, querendo que Jesus as siga. Isto porque elas entendem de alterar a Palavra de Deus a seu bel-prazer, falam que Deus não quer que ninguém seja infeliz, ou que ninguém sofra, enfim, elas querem fazer crer que o Paraíso é aqui.
            “Mas Ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés? E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar.” (Marcos 10:3-4). A esses fariseus que vieram com essa pergunta capciosa Jesus lhes responde com uma outra pergunta, porque eles se gabavam de ser praticantes da lei e de conhecê-la bem. Jesus pergunta-lhes o que Moisés, o que a lei dizia a esse respeito, e então eles afirmam que Moisés permitiu, ou seja, deu tolerância ao divórcio. Temos que observar que não foi um mandamento nem mesmo de Moisés, simplesmente foi uma tolerância, pois eles mesmos afirmam que Moisés permitiu. Mas, a bem da verdade, eles mesmos sabiam que estavam errados, sabiam que não podiam se divorciar das esposas, porque toda a Escritura existente naquela época já mostrava o contrário, e veremos como Jesus lhes responde. “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.” (Marcos 10:5-6). Jesus fala que foi pela dureza dos corações deles, ou seja, pela incapacidade de perdoar, por terem corações duros que aquele mandamento foi escrito. Mas vemos que Jesus os remete ao início, à época da criação, quando Deus criou o ser humano, e mostra o que Deus falou, pois o Senhor os fez macho e fêmea. Assim sabemos que só existem dois sexos: masculino e feminino, e que, quando casados, não há como se separar, ou se divorciar, a não ser pela dureza dos corações, que, nesse caso, também, conduzirá ao inferno, porque a falta de perdão, a incapacidade de perdoar infalivelmente conduzirá as pessoas à morte e ao sofrimento eterno. “Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.” (Marcos 10:7-8). Jesus mostra que, quando se casam, as pessoas perdem a sua individualidade e passam a ser duas em uma. Quando se casam, não vivem mais dependendo de pai ou mãe, mas têm a obrigação de cuidar do seu cônjuge, o casal tem o dever de estar junto até que a morte os separe, pois espiritualmente já não são mais dois, e sim somente um. Quando o homem tenta se separar, divorciar, está indo frontalmente contra a Palavra de Deus, pois está abandonando uma parte do seu corpo, do qual ele tem a obrigação de cuidar. Uma vez que são uma só carne, então é obrigação cuidar do seu corpo, e o seu cônjuge é parte do corpo. Ao tentar se divorciar, se separar, abandonará a sua carne. “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” (Marcos 10:9). Quando as pessoas se casam, Deus confirma, e passam a ser não duas pessoas, mas uma somente, e o que Deus faz ninguém desfaz; é impossível o homem desfazer as obras de Deus. Portanto, divórcio não existe para Deus, o casamento sim, até o dia em que um dos cônjuges morra. Assim, todos os que querem se divorciar, os que se divorciam e se casam novamente estão em pecado e, se não se arrependerem, irão padecer por toda a eternidade. “E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo. E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.”(Marcos 10:10-12).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino


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