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Coroa de espinhos

 

“Pilatos, pois, tomou então a Jesus, e o açoitou. E os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram sobre a cabeça, e lhe vestiram roupa de púrpura. E diziam: Salve, Rei dos Judeus. E davam-lhe bofetadas.” (João 19:1-3)

 

         Jesus tinha sido preso e agora estava nas mãos do governador Pilatos, que mandou açoitá-lo, darem-lhe mais uma surra. Os soldados aproveitaram para impingir ainda mais sofrimentos a Jesus, porque fizeram uma coroa de espinhos e a fincaram sobre a sua cabeça. Também tiraram as suas roupas e colocaram uma outra roupa de cor roxa, ou avermelhada, e fizeram chacotas, gracejos com Jesus, fizeram dele motivo de piadas. Acho interessante que não sabemos de uma só daquelas pessoas que Jesus curou, libertou de demônios, ou de enfermidade, ou daquelas multidões que comeram dos pães e peixes quando Jesus os multiplicou, não sabemos de ninguém ali da multidão que sempre seguia Jesus. Não sabemos de uma só pessoa ir contra, falar, criticar o que eles estavam fazendo. A bem da verdade, até os discípulos abandonaram Jesus. Realmente Ele estava só, a Palavra se cumpriu, pois Ele tinha dito que seria abandonado, e assim o foi. O povo estava rindo de Jesus, do seu sofrimento, da fantasia estúpida e dolorosa que lhe vestiram, como rei, rindo de ver o seu Sangue escorrer pela sua face dos ferimentos causados pelos espinhos da coroa sobre a sua cabeça, além de estar com o corpo dilacerado por causa da surra que tinha levado. Jesus em nenhum momento abriu a boca para reclamar ou para dizer que era inocente, por isso, quando vejo as pessoas chorarem, se lamentarem por qualquer coisa, sei que não conhecem o Evangelho, não conhecem Jesus. Jesus estava sendo espancado, e o povo quieto ou aplaudindo, os religiosos assistindo e gostando do que viam, por isto é que digo que é uma classe maldita, falam o Nome do Senhor (que é Santo para sempre Amém), mas não o honram como deveriam. Não podemos esquecer que Jesus estava sofrendo, apanhando, sendo humilhado por causa desses mesmos que o espancavam, chicoteavam, por esses mesmos sacerdotes, religiosos, que queriam ver a sua morte. O Nosso Salvador, o meu Salvador, o meu Mestre foi humilhado, espancado, fizeram tudo o que quiseram com Ele e ainda o abandonaram, principalmente os que diziam amá-lo, pessoas que diziam que jamais o abandonariam viraram as costas e fugiram. Mas esse é o meu Salvador, e também de todos os que o aceitam e se submetem a Ele, que reconhecem que Ele é vencedor e está Vivo para todo o sempre.

                   “Então Pilatos saiu outra vez fora, e disse-lhes: Eis aqui vo-lo trago fora, para que saibais que não acho Nele crime algum. Saiu, pois, Jesus fora levando a coroa de espinhos e roupa de púrpura. E disse-lhes Pilatos: Eis aqui o homem.” (João 19:4-5). O governador, era um estrangeiro – porque era romano e não israelita –, não era um judeu, era um político romano que estava a serviço de César, e foi o único que tentou de todas as formas livrar Jesus, tentou soltá-lo, mas a pressão foi grande, os judeus, os religiosos o pressionaram de tal modo que ele tão teve outra alternativa a não ser mandar sacrificar Jesus, mesmo sendo contra a sua vontade. Pilatos apresenta Jesus ao povo e diz que não achou, não encontrou em Jesus culpa de nenhum crime, de nada para ele merecer ser preso ou morto, e queria devolvê-lo aos judeus. Mas o povo para o qual Jesus veio não aceitou isso, e ainda foram tão covardes que não tiveram coragem de eles mesmos o executarem, fizeram com que outros sujassem as mãos no lugar deles. Mas a culpa deles permanece para sempre, pois esse tratamento que dispensaram ao Filho de Deus, essa ofensa não tem perdão. “Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, clamaram, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho Nele. Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.”(João 19:6-7). Quando a liderança religiosa de Israel, os que diziam ser homens de Deus, os que pregavam, quando viram que Pilatos trouxe Jesus para fora querendo entregá-lo ou soltá-lo, pediram, exigiram a sua crucificação, queriam uma morte lenta e dolorosa. Esse povo que dizia amar Deus grita para Jesus ser crucificado, e assim também todos os seus servos. Mas Pilatos queria entregá-lo a eles, que então eles que o crucificassem, que executassem Jesus, ele não queria tomar parte naquilo, mas eles responderam que Jesus tinha que morrer, porque dissera que era Filho de Deus – disse a verdade. Esses mesmos líderes, sacerdotes, tinham as Escrituras e, se observassem, realmente saberiam que Jesus era sim o Filho de Deus, e por inveja exigiram a sua morte, mas a covardia os impedia de fazerem eles mesmos o trabalho sujo. Eles mesmos gostavam de afirmar que eram filhos de Abraão, que eram filhos de Deus, mas só não aceitaram Jesus. Jesus tinha que passar por tudo o que passou, mas coitados desses que fizeram isto a Ele, e assim também todos os que, mesmo dentro de templos denominacionais, com as suas atitudes continuam negando o Senhor, porque todos os que estão ensinando contra o Evangelho com certeza estão pedindo a morte de Jesus e vão pagar um preço muito alto. “E Pilatos, quando ouviu esta palavra, mais atemorizado ficou. E entrou outra vez na audiência, e disse a Jesus: De onde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem. Desde então Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus clamavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz rei é contra César.”(João 19:8-12).

Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.

Um abraço,

Pr. Henrique Lino


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