“E, levantando-se dali, foi para os termos da Judéia, além do Jordão, e a multidão se reuniu em torno Dele; e tornou a ensiná-los, como tinha por costume.” (Marcos 10:1)
Jesus estava constantemente pregando o seu Evangelho de várias maneiras, falando por parábolas ou mostrando exemplos, às vezes falando enquanto andava, ou sentado em um gramado, ou sentado em barcos. Jesus durante os três anos aproximadamente do seu Ministério terreno, Ele não parava, constantemente estava indo de um lugar para outro levando a mensagem de salvação. Depois que iniciou seu Ministério Terreno, após os primeiros milagres, sempre havia multidões de pessoas seguindo-o por vários motivos, uns querendo receber uma cura, um milagre, outros querendo ouvir a mensagem do Senhor, e ainda outros, como os religiosos, os fariseus, que estavam sempre procurando uma maneira de pegá-lo em alguma cilada. Mas o Senhor sabia de tudo isso e não parava de anunciar o Reino de Deus. Agora, desta vez, depois de fazer uma longa pregação, de ensinar o povo, Ele se levanta e parte para a Judéia. Todo o povo o seguiu, então novamente Ele para e leva às pessoas novos ensinamentos, como sempre fazia. “E, aproximando-se Dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?” (Marcos 10:2). Aqui vemos quando os religiosos, os fariseus, se dirigem a Jesus não com o objetivo de aprender, mas sim com a intenção de lhe armar uma cilada, para ver se Jesus falava contra Moisés, ou se dava um ensinamento contrário, que atendesse a seus anseios. Na verdade, eles sabiam o que Moisés tinha falado na lei, mas eles queriam ouvir algo diferente, assim como muitos supostos crentes, que, mesmo sabendo a verdade, ficam procurando uma maneira, uma explicação, uma orientação que justifique os seus pecados. Infelizmente, existem supostos pastores que ensinam de maneira contrária à Palavra de Deus, com o objetivo de agradar as pessoas e assim mantê-las em seus templos. Esses fariseus sabiam sobre as Escrituras, sabiam o que Deus havia determinado, o que tinha falado, que tornava impossível a separação, o divórcio, porque desde o início, desde a Criação, o Senhor tinha feito o homem e a mulher e os uniu, dizendo-lhes que estavam unidos até que a morte os separasse. Portanto, fica claro que não é possível a separação. Mas hoje, mesmo tendo não somente o Antigo Testamento, mas o Novo, a Nova Aliança feita no Sangue de Jesus, muitos que se dizem cristãos preferem optar pela separação, pelo divórcio.
“Mas Ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés? E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar.” (Marcos 10:3-4). Esses religiosos que vieram perguntar a Jesus se podiam separar-se das suas esposas por qualquer motivo, ou sem motivo, não encontram a resposta que queriam, não vão ouvir o que desejavam, mas são confrontados. Jesus os questiona agora sobre a lei da qual diziam eles ser seguidores e praticantes – gostavam de alardear que eram discípulos de Moisés –, Jesus quer saber o que Moisés dizia a esse respeito. Então eles respondem que Moisés deu autorização para que divorciassem, apesar de não dizer em quais condições, mas isto já não é importante para Jesus, pois vai mostrar que eles estão errados e que Moisés foi complacente com eles. Mas não é essa a vontade, do Senhor e nem é esse o mandamento, e Jesus vai explicar, esclarecer esse tema de maneira direta e clara. “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.” (Marcos 10:5-6). Jesus então responde explicando a eles que esse mandamento de Moisés, essa autorização que o escritor da antiga lei deu foi exatamente por causa da dureza dos corações deles, ou seja, pela dificuldade ou impossibilidade de perdoar, porque se uma mulher cometesse algum ato de que o marido não gostasse, então ele guardaria mágoa e não conseguiria perdoar, e por isto Moisés deixou que se divorciasse até mesmo para que não existisse uma convivência difícil. Mas isso foi coisa de Moisés e não do Senhor, e mesmo que assim fosse, a pessoa com certeza perderia a salvação, por causa da impossibilidade de perdoar, e se não perdoarmos o nosso semelhante, também o nosso Pai, que está nos Céus, não nos perdoará. “Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.” (Marcos 10:7-8). Jesus os remete ao tempo da criação e lhes faz ver que Deus, quando criou os seres humanos, Ele disse que o homem se uniria a sua mulher e seria uma só carne, portanto, se são uma só carne, é impossível separar, porque seria a mesma coisa que se matar, é suicídio. Jesus deixa claro que são uma só carne, uma só pessoa para Deus, por isso não existe possibilidade de separação ou divórcio, que isso nada mais é do que criação do homem, mas para o Senhor nada vale. Assim como o homem criou leis que apoiam o homossexualismo, ou o uso de drogas e outras coisas que são contrárias à Palavra de Deus, também criou essa lei, essa possiblidade, mas ela não é do Senhor, e os que se divorciam, que deixam as suas esposas, estão se suicidando, pois vão para a morte eterna. “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo. E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e se casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.” (Marcos 10:9-12).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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