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INTERROGATÓRIO

"E foi Jesus apresentado ao presidente, e o presidente o interrogou, dizendo: És tu o Rei dos Judeus? E disse-lhe Jesus: Tu o dizes." (Mateus 27:11)

Jesus estava preso e foi conduzido amarrado diante do governador, ou presidente como queiram, porque aqui presidente é só uma questão de tradução, já que era somente o governador, cujo nome era Pilatos. Ele não era presidente, mas somente governador daquela região, mesmo porque Israel vivia sob o domínio de Roma, cuja autoridade máxima era César, e naquele regime político não existiam presidentes. Esse governador, Pilatos, interroga Jesus querendo saber se realmente Ele tinha se declarado rei, porque essa era a acusação que os fariseus, os sacerdotes, tinham apresentado. Se assim fosse, Ele estaria fazendo rebelião e seria punido, porque estaria contra o governo de César. Portanto, Pilatos pergunta a Jesus se Ele era o rei dos judeus, e Jesus simplesmente responde que ele é que estava dizendo. Jesus Cristo, na Verdade, é o único Rei não somente dos judeus, mas de toda a humanidade, porque Ele é o Senhor, Ele realmente Governa, e o seu Governo não tem fim. Devemos compreender que, sendo Jesus nosso Rei, todos nós somos seus súditos, portanto devemos nos curvar diante Dele, e os que se rebelam vão direto para o calabouço, de onde ninguém pode os tirar. Jesus somente abriu a boca para confirmar o que Pilatos estava dizendo, que Ele era o Rei. Depois se calou, pois nada mais tinha para falar, mesmo porque seria ilógico o Rei do mundo ser interrogado por um pecador. Ninguém pode interrogar Jesus, porque é falta de respeito, é crime, e todos os que se acham poderosos, revoltados e fazem suas orações questionando o Senhor, por isto ou por aquilo, estão cometendo crime, estão pecando. Esses arrogantes, que em suas orações questionam Cristo sobre o porquê das suas lutas, de seus sofrimentos, o porquê de suas orações não serem ouvidas, estão em rebeldia e pagarão por isso. O ser humano é tão complicado, tão inocente, ou tão arrogante, que tem a coragem de querer interrogar Cristo, o Senhor, Deus. E mais: acham que o Rei, que o Senhor, tem a obrigação de atendê-los e satisfazer as suas vontades, e querem transformá-lo em servo. São contraditórios quando oram falando que Jesus é o Senhor; muitos estão fazendo desafios e exigindo bênçãos, outros chegam ao ponto de ofendê-lo, pois colocam valores em envelopes tentando o comprar, ou corrompê-lo. Não entenderam que Ele é o Senhor, que Ele é o dono de tudo e que não precisa de nada, a não ser nosso respeito, nossa obediência e nosso amor. Querem que Jesus lhes responda, não perceberam que temos o direito de agradecer-lhe por tudo, sabendo que Ele é soberano.
     "E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Disse-lhe então Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti? E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o presidente estava muito maravilhado." (Mateus 27:12-14). Os principais, os líderes dos sacerdotes, a nata religiosa, os mais influentes religiosos, tanto saduceus como fariseus, todos estavam acusando Jesus. Todos os religiosos daquela época, ou pelo menos a maioria, estavam ali para acusar e fazer a vontade dos seus líderes religiosos. O governador Pilatos queria uma ação Dele, queria algo para se agarrar e poder então defendê-lo e negar a punição ou a morte Dele. Portanto, vai até Jesus interrogá-lo, questioná-lo perguntando se Ele não estava ouvindo as várias acusações que faziam contra Ele. Jesus foi o Cordeiro mudo que tirou o pecado do mundo, tirou porque Ele abriu a Porta, uma vez que Ele é a própria Porta, para que os que entrarem por ela sejam livres dos pecados, e assim o pecado não tenha domínio sobre eles. Jesus não respondeu ao governador Pilatos e não vai responder a ninguém, porque Ele é o Senhor, Ele é quem pergunta, Ele é quem questiona, e não o contrário. Ele é Santo, é Rei, é o Senhor, e nós só podemos adorá-lo e aceitar a sua vontade. Mas como o povo, a humanidade não o aceita, então clama e busca pelo bandido, pelo arrogante, pelo assassino, e estes têm destruído tantos e conduzido muitos à morte. "Ora, por ocasião da festa, costumava o presidente soltar um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse. E tinham então um preso bem conhecido, chamado Barrabás. Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo? Porque sabia que por inveja o haviam entregado. E, estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: Não entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por causa Dele." (Mateus 27:15-19). O povo teve a oportunidade de se arrepender, teve a oportunidade de escolher o Rei, de escolher a Vida. A mulher do governador, a primeira dama, envia o recado ao seu marido pedindo-lhe para não se envolver, para não acusar Jesus, porque ela em sonho tinha sofrido muito. Deus já se tinha revelado para ela, portanto ela sabia que Jesus era Justo. Agora Pilatos coloca a decisão diante do povo, povo este escolhido por Deus, o Israel do Senhor, para que decidam sobre Jesus e sobre o bandido, sobre a Vida e a morte. Mas o povo escolheu a morte, porque Barrabás era um bandido que estava preso por ter matado duas pessoas, ele representava a morte. Por sedição, Barrabás tinha se revoltado, tinha se rebelado, e por esse motivo estava preso, portanto o correto seria pedir a libertação de Jesus e a morte de Barrabás. Mas, como Jesus tinha dito, era a hora das trevas, e o povo, os religiosos, os que diziam que amavam Deus, os que se diziam zelosos da lei exigiram a morte do Rei. Pediram a morte, pediram o pecado, pediram a destruição e rejeitaram o Rei, o Filho de Deus, rejeitaram a Vida. "Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram à multidão que pedisse Barrabás e matasse Jesus. E, respondendo o presidente, disse-lhes: Qual desses dois quereis vós que eu solte? E eles disseram: Barrabás. Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado. O presidente, porém, disse: Mas que mal fez Ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado. Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do Sangue deste Justo. Considerai isso. E, respondendo todo o povo, disse: O seu Sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos. Então soltou-lhes Barrabás, e, tendo mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado." (Mateus 27:20-26). 
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino


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