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UM DECRETO

“E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse (Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria). E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.” (Lucas 2:1-3)

          Na época em que Roma dominava sobre Israel e toda aquela região, foi então determinado por César um recenseamento, isto é, uma contagem de todos para saber qual a quantidade de pessoas de cada região, além de sexo e idade. Quando esse recenseamento aconteceu, o presidente da Síria era Quirino, que tinha a fama de ser um homem duro, enérgico. O alistamento, ou censo, era feito assim: cada pessoa tinha que se dirigir a sua cidade, pois só podia participar dessa contagem em seu local de nascimento. Devemos observar que tudo tinha o controle de Deus, pois, como sabemos, já tinham sido revelados pelos profetas o nascimento de Jesus, do Messias, o local onde nasceria, como nasceria, e quem seria a sua mãe, e de qual tribo Ele descenderia. Então tudo foi providência do Senhor, para que tudo acontecesse de acordo com o seu plano. “E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.” (Lucas 2:4-5). José, o marido de Maria, era de Belém, por isto teve que subir para lá para participar do alistamento, ou recenseamento, uma vez que ele se encontrava com Maria em Nazaré, na Galiléia, portanto teve que ir a Belém para cumprir a determinação de César. Maria, que já se encontrava grávida, o acompanhou, ou foram juntos, e, como eu disse, tudo foi providência do Senhor, porque a Palavra de Deus já tinha dito que o Messias nasceria em Belém. “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Portanto os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel.” (Miquéias 5:2). A Palavra de Deus se cumpriu e sempre se cumpre, pois Ele é a verdade, assim como a sua vida, perseguição e morte já estavam reveladas há muitos anos antes de Ele vir. As pessoas por ignorância, por desconhecerem as Escrituras, não reconheceram Jesus como o Messias, como o Filho de Deus, pois tudo já estava revelado. Assim também como as respostas para tudo em nossas vidas já estão reveladas, basta meditarmos na sua Palavra e então saberemos que decisão tomar.
         “E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” (Lucas 2:6-7). Quando José estava em Belém, venceu o tempo, que acreditamos serem os nove meses de gestação de Maria, e o menino Jesus nasceu. Observamos que Jesus nasceu, ou melhor, Maria deu à luz sozinha com José, sem ajuda nem mesmo de uma parteira. Tudo aconteceu como estava previsto nas Escrituras, porque, quando José chegou a Belém, como a cidade estava cheia de pessoas que tinham vindo de toda parte para o recenseamento, as hospedarias, pensões estavam todas cheias, e não tiveram como se hospedar, por isto o único lugar que conseguiram foi um lugar para guardar animais, uma espécie de curral, onde passaram a noite, e foi lá que Maria deu à luz a Jesus. Quando o menino nasceu, ela o envolveu em panos e o colocou em uma manjedoura, que é uma espécie de coxo, lugar de colocar alimento para os animais. Portanto, vemos que Jesus, apesar de ser o Filho de Deus, não nasceu em uma mansão ou palácio, nem teve berço sofisticado, mas sim um coxo onde os animais se alimentavam. Temos que compreender o plano de Deus, pois as pessoas acham que riqueza é bênção de Deus, mas o que compreendemos é que, se Deus quisesse, Jesus teria nascido em um rico lar, mas, desde o seu nascimento, Ele quis nos mostrar o que é humildade, e principalmente ensinar que devemos nos preocupar primeiramente com as coisas do Reino de Deus. “Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” (Lucas 2:8-14). Deus estava preocupado com a adoração – e vemos que Ele mesmo já tinha preparado os adoradores para o seu Filho – , e quando Jesus nasceu um exército de anjos celestiais vieram adorá-lo, além de trazer as Boas Novas e comunicar aos pastores, aos tomadores de conta de ovelhas que o Menino Jesus tinha nascido, que a promessa tinha se cumprido. A Promessa se cumpriu. Jesus nasceu em nosso meio e é motivo de alegrar-nos, pois há mais de dois mil anos isso aconteceu, e Ele permanece vivo para sempre e exigindo de nós respeito, temor e adoração verdadeira. “E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; e todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam. Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.” (Lucas 2:15-20).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino


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