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PAZ SEJA CONVOSCO

“Chegada, pois, à tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco. E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.” (João 20:19-20)

          Jesus já tinha sofrido tudo por nossa causa: tinha morrido, falecido, tinha entregado a sua vida ali no Calvário em nosso lugar. Três dias após Ele ressuscita, ou seja, no primeiro dia da semana, que é o domingo, Ele vai ao encontro dos seus discípulos. Jesus já aparecera para algumas mulheres, e Maria Madalena, que já o tinha visto ressurreto, tinha ido ao encontro dos discípulos apressada para dizer que Jesus vivia, mas eles não creram, não acreditaram, inclusive Pedro e João foram correndo constatar o que Maria Madalena tinha dito, foram ao sepulcro e de fato o encontraram vazio. Veremos que o Senhor se apresenta no meio deles trazendo a paz, mas, ao mesmo tempo, chamando-lhes a atenção por causa da incredulidade, por não terem crido Nele, já que antes da sua morte tinha dito que morreria e que depois ressuscitaria ao terceiro dia, e também por não crerem em Maria Madalena, que o tinha visto antes. Não podemos criticá-los porque nós já sabemos tudo o que vai nos acontecer, ou o que pode nos acontecer, tanto de bom como de ruim, mas não cremos, apesar de Jesus estar sempre nos falando, nos alertando, nos mostrando que o preço da desobediência, da rebelião à sua Palavra é a morte. Sim, Jesus nos fala o tempo todo, e só não ouve quem não quer, porque Ele nos fala pela sua Palavra, uma vez que Ele é a Palavra, é o Verbo, e todas as respostas, tudo o que Ele quer nos falar já está declarado, basta lermos, meditarmos em sua Palavra. A Palavra de Cristo, o seu Evangelho, está ao alcance de todos, mas nós muitas vezes teimamos em não ouvir, não queremos que aconteça como está no seu Evangelho, queremos uma revelação particular, individual, queremos que Ele nos fale sem ser na Palavra. Mas hoje só ouvimos pela Palavra, e Ele jamais vai falar quaisquer coisas que sejam contra a sua Palavra, o seu Evangelho, porque Cristo não é contraditório, não é de duas Palavras, o que Ele fala é para sempre, é a nossa lei, e não adianta tentarmos ouvir outra coisa, porque estaremos lhe sendo rebeldes.
 “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.” (João 20:21-23). Jesus novamente os saúda com a Paz, trazendo a sua paz, entrega a paz, e os faz lembrar que, assim como Deus Pai o tinha enviado, Ele também o estava enviando. Devemos observar que Jesus fez questão de dizer que lhes enviava da mesma maneira que tinha sido enviado, portanto, são esperados sofrimento, dor, perseguição e morte para eles, porque Jesus passou por tudo isto. Jesus nos dá a paz, a sua Paz, e nos alerta que somos enviados não para desfrutarmos de luxo, de conforto, mas sabendo que nos aguardam a perseguição, a dor, o sofrimento e o abandono. Isto porque somos enviados a sua semelhança, assim não podemos reclamar, lamentar e chorar, porque não vimos o Nosso Senhor reclamar, nem mesmo para abrir a sua boca e clamar pela inocência, não o vimos se defender, portanto não temos que nos defender de nada, de nenhuma acusação. Temos o Espírito de Deus, Jesus já nos deu, também nos deu a sua Paz, agora cabe a nós fazermos a nossa parte, temos que aprender, nos obrigar a perdoar a todos os que nos fazem mal, nos perseguem, nos acusam injustamente, devemos perdoar, pois é mandamento do Senhor. E se nós não perdoarmos, como certeza também não seremos perdoados por Ele, e, portanto, estaremos afastados Dele por toda a eternidade. Se nos negarmos a perdoar alguém, com certeza, por mais que peçamos perdão, também não seremos perdoados, o nosso perdão será sempre negado, indeferido.“Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.” (João 20:24-25). Vemos novamente um dos discípulos incrédulos, pois, como não estava no momento em que Jesus apareceu para os outros, ele não acreditou. Vemos que esse discípulo estava chamando os outros de mentirosos, ele não acreditou em nada do que disseram, e pior: não acreditou em nada do que Jesus disse quando estava em vida, e não acreditava no que ouvia, e disse que só acreditaria se ele visse com os seus próprios olhos e se tocasse nas feridas de Jesus feitas pelos cravos, pregos em suas mãos. Assim também são várias as pessoas que estão há tempos dentro de um templo qualquer, que se dizem cristãs, mas, na verdade, não creem em Jesus, não creem na sua Palavra, pois, se assim fosse, com certeza viveriam de acordo com os preceitos do Senhor. Por isto são repreendidas constantemente pelo Senhor através da sua Palavra. “E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram. Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu Nome.” (João 20:26-31).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino


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