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OS DISCÍPULOS DE JOÃO

“Ora, os discípulos de João e os fariseus jejuavam; e foram e disseram-lhe: Por que jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, e não jejuam os teus discípulos?” (Marcos 2:18)

          João Batista, o preparador do caminho do Senhor, aquele que veio para batizar Jesus e foi o primeiro pregador do Novo Testamento, foi morto a mando de Herodes por condenar o divórcio e o recasamento. Os seus discípulos e ainda os fariseus jejuavam constantemente e, ao verem os discípulos de Jesus não jejuando, foram questionar o Senhor. Sabemos que os religiosos daquela época faziam jejuns sempre, apesar de continuarem em seus pecados, inclusive Deus, através do seu profeta Isaías, chamou atenção do povo sobre o que era jejum, que não era aquilo que eles faziam, ficando um dia na semana sem comer. Os nossos religiosos atuais continuam com a mesma prática, porque fazem jejum para tudo, geralmente para obterem uma vitória, para alcançarem uma bênção, pois acham que, por ficarem algumas horas, ou dias sem comer e sem beber, Deus irá responder a suas orações, irá abençoá-los. Mas o que temos que entender é que o jejum verdadeiro não tem a finalidade de buscar qualquer bênção, e sim crescer espiritualmente. Infelizmente, muitos pregadores, muitos religiosos, muitos templos procuram fazer as pessoas agirem na emoção, e por tal motivo criam jejuns de todos os tipos e exigem que seus membros, seus seguidores os acompanhem. Por isto vemos tantos alardes, tantas propagandas, em que divulgam e chamam as pessoas para participarem de jejuns das causas impossíveis, jejuns dos milagres urgentes, jejuns da prosperidade, jejuns da cura e outros tantos, e as pessoas, sem terem o mínimo conhecimento, fazem e acham que estão certas, porque não conhecem a verdadeira função do jejum. Temos que ser pessoas inteligentes, temos que colocar a nossa mente, a inteligência que o Senhor nos deu para funcionar, devemos analisar tudo à luz do Evangelho e não fazer tudo pela emoção ou porque alguém disse. Devemos somente fazer o que está de acordo com o Evangelho na Graça, pois é onde vivemos, uma vez que a lei se cumpriu em Jesus, e assim não vivemos mais na antiga lei, e nem nos profetas, nós vivemos em Jesus, pois Ele mesmo disse: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o Reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar Nele.” (Lucas 16:16). Portanto, sabemos que agora vivemos para Jesus, vivemos para praticar os seus ensinamentos, e não vivemos seguindo as ordenanças que foram entregues por Moisés. Assim, temos que compreender o que Jesus fala ou manda e não ficarmos cumprindo somente rituais religiosos que para nada servem, a não ser para demonstrar uma aparência de santidade.
 “E Jesus disse-lhes: Podem porventura os filhos das bodas jejuar enquanto está com eles o esposo? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar; mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão naqueles dias.” (Marcos 2:19-20). Jesus, respondendo ao questionamento, mostra que não se pode fazer jejum quando se tem Jesus, quando se está cheio da sua presença. Mas no dia em que a pessoa se sentir fraco na fé, sentir a ausência do Senhor em sua vida, aí sim deve jejuar, quebrar a carne para que fortaleça o espirito. Os discípulos de Jesus não precisavam fazer jejum porque Jesus estava com eles, porque estavam na companhia de Jesus, e, estando com Jesus, já tinham tudo o que lhes era necessário. E olha que não vimos em nenhuma parte os discípulos pedindo a Cristo qualquer tipo de bênçãos, eles só o acompanhavam. Assim, fica claro que a função do jejum é buscarmos mais intimidades com o Senhor, é para jejuarmos quando nos sentirmos fracos, para que possamos nos fortalecer mais espiritualmente. Quando estamos cheios de fé, cheios de Jesus, não podemos fazer jejum, mesmo porque não tem utilidade alguma, não podemos imaginar que pelo fato de ficarmos com fome e com sede Deus irá nos atender e nos dar essa ou aquela bênção. Não podemos associar o jejum a um ato de humildade, porque o Senhor conhece o nosso coração, a verdadeira humildade é nos render, entregarmo-nos ao Senhor sabendo que nada somos e que temos a obrigação de lhe servir, somente isso. Todos os que estão fazendo jejum para obter uma bênção qualquer estão errados, estão passando fome e sede sem necessidade. Também temos que entender que não existem vários tipos de jejuns, mas somente um, que é a ausência total de água e alimento, e não há um tempo mínimo ou máximo para as pessoas jejuarem. Mesmo porque existem pessoas que tomam medicamentos, outras que não conseguem ficar muito tempo sem tomar água ou colocar algum alimento no estômago, por isso as pessoas têm que fazer o jejum analisando primeiro o tempo máximo que conseguem ficar sem alimento e água. Que seja uma hora, ou um dia, e sempre quando iniciar o jejum, orar a Deus em Nome de Jesus Cristo, e depois, na hora de entregar, novamente orar. Para fazer jejum por vários dias continuados, é necessário todos os dias à noite entregar o jejum e recomeçar no dia seguinte, porque não existe jejum continuado de vinte quatro horas, porque o sono alimenta, e jejum é ausência total de todas as espécies de alimentos. Não existe jejum de Daniel, o que existe é regime para emagrecer; não existe jejum de rede social ou de refrigerante ou somente de alguma coisa de que a pessoa gosta. Por isto, temos que sempre analisar tudo à luz da Palavra para evitar fazermos sacríficos tolos que para nada servem. Por isto sabemos que a única função do jejum é quebrar a carne para fortalecer o espírito, não podemos nos esquecer dos ensinamentos de Jesus, não podemos tentar incluir a lei na Graça, não podemos tentar remendar uma roupa velha com tecido novo ou vice-versa. “Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha; doutra sorte o mesmo remendo novo rompe o velho, e a rotura fica maior. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos.” (Marcos 2:21-22).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino


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