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A ESCOLHA DE MATIAS

“Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmão de Tiago.” (Atos 1:12-13)

          Os discípulos retornaram para Jerusalém cumprindo uma ordem de Jesus, e todos se reuniram no quarto onde moravam Pedro e vários dos outros discípulos. Reuniram-se ali os onze discípulos, uma vez que Judas Iscariotes já tinha se suicidado. Os dois últimos, Judas e Tiago, eram filhos de Maria e de José, ou seja, coirmãos de Jesus. A finalidade de eles se reunirem era primeiramente obedecer a uma ordem direta de Jesus, e segundo aguardar o que aconteceria, mesmo porque eles ainda não conheciam o Espírito Santo ou como este atuaria. Temos que observar que os apóstolos tinham a preocupação de obedecer a Cristo, por esse motivo é que eles receberam poder e foram testemunhas por todo o mundo. Nós devemos saber que sem obediência nada conseguimos, se não obedecermos ao Senhor, a seus preceitos e ordenanças, não o veremos agir em nossas vidas. Escuto pessoas dizerem que estão orando, buscando se encher de Deus, do Espírito Santo, mas fazem isso de acordo com as vontades deles, e não de acordo com o que o Evangelho determina, e por tal motivo nada conseguem. Não basta orar, ir a templos denominacionais, ou ofertar, dizimar, é necessário mais do que isto, é necessário se santificar, é necessário arrependimento, para que possamos nos aproximar do Senhor; caso contrário, seremos somente religiosos. “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos.” (Atos 1:14). Os discípulos de Jesus, unidos, perseveravam em oração, estavam constantemente em oração aguardando o que o Senhor faria por eles. Temos que compreender que estavam ali reunidos não para pedir uma bênção pessoal, ou um milagre qualquer, estavam ali clamando somente pela presença do Senhor, para que lhes fosse revelado o que teriam que fazer, queriam somente saber como agir e onde, queriam somente a capacitação do Senhor para fazer a boa obra.
 “E naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos (ora a multidão junta era de quase cento e vinte pessoas) disse: Homens irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus; Porque foi contado conosco e alcançou sorte neste ministério. Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniquidade; e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram. E foi notório a todos os que habitam em Jerusalém; de maneira que na sua própria língua esse campo se chama Aceldama, isto é, Campo de Sangue. Porque no livro dos Salmos está escrito: Fique deserta a sua habitação, E não haja quem nela habite, e: Tome outro o seu bispado.” (Atos 1:15-20). Juntos ali todos os que seguiam e admiravam Jesus –aproximadamente cento e vinte pessoas –, estavam orando e buscando a presença do Senhor. Então a revelação da Palavra veio a Pedro, que se colocou em pé no meio de todos e falou que tudo o que aconteceu foi exatamente para se cumprir a Palavra de Deus, as escrituras, que a morte de Jesus e sua ressurreição estavam previstas e reveladas, inclusive que seria traído por um dos seus, como aconteceu. Falou de Judas Iscariotes, que foi o traidor de Cristo e que era um dos discípulos, inclusive com cargo de confiança, pois era ele quem tomava conta das finanças do ministério terreno de Jesus. Judas era uma espécie de tesoureiro, mas era ladrão, porque ele roubava do ministério, como a própria Palavra nos fala. “Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse: Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres? Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.” (João 12:4-6). Por isto ele deu lugar ao diabo para agir em sua vida, e assim foi o traidor de Jesus, porque ele já o traía roubando, e agora o traiu entregando-o para ser preso e morto. Por ter má índole, foi usado pelo diabo para fazer essa traição, mas depois se suicidou e perdeu a sua salvação. Observamos que Pedro, quando teve a revelação da Palavra, ele logo deu um jeito de falar, colocá-la em prática. Pedro falou da morte de Judas, que se suicidou. Ele se enforcou, depois a corda arrebentou e ele caiu e sua barriga se abriu, derramando assim suas entranhas. Falou o que era o propósito de Deus: que eles fossem doze. Outro teria de ocupar o lugar deixado por Judas. Falou que teriam que escolher um outro para ocupar o lugar que era de Judas Iscariotes. Mas não era qualquer um, e sim um que andou, que viveu com Jesus no tempo em que estivera com o ministério terreno, e que fosse alguém de caráter e de sabedoria, que fosse um verdadeiro cristão, alguém que desde o início estivera com eles, alguém que estava junto desde o batismo de Jesus, ali no Jordão, por João Batista, até o dia em que subiu aos céus. “É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição. E apresentaram dois: José, chamado Barrabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar. E, lançando lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos.” (Atos 1:21-26). 
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino


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