"Então alguns dos de Jerusalém diziam: Não é este o que procuram matar? E ei-lo aí está falando abertamente, e nada lhe dizem. Porventura sabem verdadeiramente os príncipes que de fato este é o Cristo?" (João 7:25-26)
Desde o início Jesus foi perseguido, até antes do seu nascimento vaginal, porque Ele sempre existiu, Ele é autoexistente; foi perseguido, porque Herodes já tinha determinado matá-lo tão logo nascesse, como não conseguiu, determinou que matassem todas as crianças na época. Depois, durante o seu Ministério terreno, que se iniciou após o batismo nas águas do rio Jordão pelo seu primo João Batista, sofreu severas perseguições e ameaças de morte por parte dos judeus, dos líderes, dos sacerdotes, dos religiosos. Mas aqui, como o povo sabia que os líderes dos judeus queriam matá-lo e o encontram pregando, ensinando livremente o Evangelho, eles questionam. Jesus no meio da festa começa a pregar, ensinar a todos os que queriam ouvi-lo, e ali, naquele momento, no meio da festa, os religiosos nada podiam fazer, e isso fez com que o povo questionasse, porque os líderes judaicos faziam questão de dizer, de afirmar que Jesus era um impostor, um falso profeta. Faziam isso para justificar as suas ações e perseguições ao Messias, porque, se o povo tivesse certeza de que Ele era o Messias, não deixaria, não permitiria que fizessem qualquer coisa com Ele. Mas isso acontecia por vontade e permissão de Deus Pai, para que a Palavra se cumprisse, afinal, era necessário que Cristo padecesse por nós, ou melhor, em nosso lugar. Devemos sempre compreender que tudo o que acontece é por vontade e permissão de Deus, e muitas vezes não compreendemos o porquê de tanto sofrimento, mas temos que saber que os planos, os pensamentos de Deus são muito maiores do que os nossos. O povo já começa a questionar, começa a crer que Jesus poderia ser realmente o Messias, o esperado, aquele que as Escrituras falavam que viria e libertaria o seu povo. Apesar de eles entenderem que o Messias iria libertar Israel do jugo de Roma, não entendiam que era uma libertação espiritual, que iria nos libertar do pecado, nos dando condições de sermos salvos. "Todavia bem sabemos de onde este é; mas, quando vier o Cristo, ninguém saberá de onde Ele é." (João 7:27). Agora em dúvida começam a questionar, porque esperavam que o Messias, que Cristo surgisse de forma sobrenatural, mas assim pensavam porque não tinham pleno conhecimento das Escrituras, não liam, assim como os cristãos dessa geração, porque, nas Escrituras, os profetas, principalmente Isaias, já tinham explicado como o Cristo viria, que seria de uma virgem.
"Clamava, pois, Jesus no templo, ensinando e dizendo: Vós conheceis-me, e sabeis de onde sou; e eu não vim de mim mesmo, mas Aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis. Mas eu conheço-o, porque Dele Sou e Ele me enviou." (João 7:28-29). Jesus então fala que eles o conhecem, sabem quem Ele é, porque conheciam o lado humano Dele, a família terrena Dele, sabiam que eram Maria, José e seus irmãos e irmãs, conheciam seus parentes. Ele diz que não veio porque quis e nem pediu para vir daquela maneira, que veio em obediência ao Pai, foi enviado porque o Pai assim o quis. As pessoas estavam olhando de uma maneira carnal, humana, estavam vendo somente o que era aparente, não estavam analisando tudo de acordo com a Palavra, de acordo com as Escrituras, porque, se assim fosse, saberiam que Cristo, o Messias, era Jesus. Jesus então afirma que quem o enviou foi Deus Pai, e Ele o conhece, e Deus Pai o conhece também, mas eles não o conhecem, e, consequentemente, também não conhecem Deus Pai. Jesus conhecia Deus Pai porque era Deus e também porque veio e vivia em obediência a Ele; já o povo não conhecia nem o Filho nem o Pai. Assim são os religiosos dessa geração que citam o Nome do Senhor que é Santo, mas não o conhecem, caso contrário, não agiriam, não viveriam como vivem e não fariam orações tolas, pedindo o que não deveriam a Ele. "Procuravam, pois, prendê-lo, mas ninguém lançou mão Dele, porque ainda não era chegada a sua hora." (João 7:30). Os sacerdotes, as autoridades eclesiásticas judaicas queriam prendê-lo de todas as maneiras, mas não conseguiam, porque Deus não permitia, uma vez que os planos do Senhor ninguém consegue frustrá-los. Com Jesus deveria acontecer exatamente como estava nas Escrituras, e não era o momento de Ele ser preso, não era o momento determinado pelo Pai. Temos que saber que, independentemente de qualquer situação, a Palavra de Deus se cumpre, tanto para o bem como para o mal. A hora certa de Jesus ser preso e crucificado, de morrer na cruz foi exatamente no momento em que aconteceu, porque foi assim que Deus determinou. Portanto, devemos saber que, se estivermos na presença do Senhor, vivendo em conformidade com o seu Evangelho, tendo promessas em nossas vidas, ninguém conseguirá mudar isso. "E muitos da multidão creram Nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os que este tem feito? Os fariseus ouviram que a multidão murmurava Dele estas coisas; e os fariseus e os principais dos sacerdotes mandaram servidores para o prenderem." (João 7:31-32). O povo, já com dúvidas, se questiona e também questiona uns aos outros sobre Cristo. As pessoas ficaram em dúvida, pois tinham visto os inúmeros e grandiosos milagres que Jesus tinha feito; eles agora não sabiam se acreditavam nos sacerdotes ou no que os olhos deles viam, porque os milagres, os sinais, o que Jesus estava fazendo ninguém nunca tinha feito, então eles se perguntaram: será que esse não seria realmente o Messias? Às vezes deparamos com sinais grandiosos e inexplicáveis, mas não queremos aceitar que são do Senhor, preferimos buscar explicação humana ou na ciência, mas não confessamos que foi uma ação Divina, isto também é negar Jesus, o Filho de Deus. "Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda um pouco de tempo estou convosco, e depois vou para Aquele que me enviou. Vós me buscareis, e não me achareis; e onde eu estou, vós não podeis vir." (João 7:33-34).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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