"Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher; mas, por causa da fornicação, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido." (1 Coríntios 7:1-2)
Os coríntios tinham escrito ao apóstolo Paulo pedindo orientação sobre assuntos relacionados ao casamento e a relacionamentos, e ele respondeu de forma abrangente, explicando esse assunto de maneira clara. Inclusive, chega a ser radical a maneira como ele expõe essa questão, e muitos preferem ignorá-la e por isso sofrem. A Bíblia coloca todos os pecados sexuais dentro da qualificação de prostituição, ou seja, tanto a fornicação, que é o ato sexual entre duas pessoas sem serem casadas, como o adultério, que é o ato sexual praticado por pessoas casadas com outros que não os seus cônjuges. Isso também é aplicado para os que se separam, se divorciam e casam novamente, assim, todos os que estão envolvidos nessas questões estão praticando o pecado da prostituição e não herdarão o reino do céu. Paulo, pensando no Reino de Deus, diz que seria bom que o homem não se envolvesse com mulher, pois assim poderia se dedicar exclusivamente ao Reino de Deus, mas como o homem não consegue, e se não casar vai viver em prostituição, porque estará praticando fornicação, então que se case. O ideal seria tanto o homem como a mulher viverem dedicados ao Reino, à prática da Palavra de Deus, mas, como não conseguem isso, então que se casem, e cada um tenha o seu cônjuge, para poderem se desfrutar. Sabemos que nenhuma pessoa casada tem condições de se dedicar inteiramente à obra de Deus, porque tem a obrigação de se dedicar e cuidar do seu cônjuge, e se negligenciar isso, estará errando, pecando. "O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido." (1 Coríntios 7:3). Quando as pessoas se casam, devem saber que ambos têm responsabilidade um sobre o outro e que já perderam as suas individualidades, e não são mais um, e sim dois em um. Assim não existe mais o"eu", passa a ser "nós", e ambos em tudo têm a obrigação de cuidar do outro. O marido tem a obrigação, o dever de satisfazer sexualmente a esposa, de lhe dar carinho, atenção e amor, tem que compreender bem a mulher e tudo o que é inerente a ela. Igualmente, a esposa não pode se negar ao seu marido e nem apresentar desculpas. Em tudo devem estar juntos e unidos, assim o casamento é um compromisso consigo mesmo, porque entre marido e mulher não pode haver segredos, sigilos, separações. Também devem saber que, quando se casam, se afastam da proteção dos pais e passam a ser dependentes um do outro.
"A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher." (1 Coríntios 7:4). A mulher não pode determinar quando e como manter relação com o marido, porque, quando casou, o seu corpo passou a pertencer ao seu marido. Assim, a desculpa de cansaço, de desânimo ou dor de cabeça não pode existir, mesmo porque, negando sexo e carinho ao seu marido, estará induzindo-o a procurar fora de casa, se for um homem fraco espiritualmente. Também o marido tem que ir além, pois, além da questão sexual - uma vez que não pode deixar de atender à esposa sempre que ela quiser -, deve também atentar para o fato de que a mulher necessita muito mais de atenção e carinho do que os homens, portanto, tem de procurar sempre ser carinhoso, atencioso com ela. Assim, tanto o homem quanto a mulher casada devem viver em prol um do outro, da família, e, principalmente, observar que filhos são frutos do casamento, mas não podem ser a prioridade do casal, uma vez que a prioridade tem que ser um e outro, porque são uma só carne. "Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência." (1 Coríntios 7:5). Em nenhuma hipótese pode ser negado o sexo entre o casal, e se for por algum propósito, alguma consagração a Deus, que seja por um curtíssimo espaço de tempo, e logo voltem a manter a relação, exatamente para que um ou outro não fique pensando bagagens, e o diabo, usando de astúcia, conduza ao pecado do adultério. Muitos procuram apresentar desculpa para não cumprirem suas obrigações sexuais com as esposas, com o marido, alegando que estão orando, jejuando ou se consagrando, mas é desculpa e é errado, mesmo porque, para se iniciar qualquer propósito, não basta comunicar um ao outro, mas decidir de comum acordo sobre isto e por curtíssimo tempo. Se um não concordar, então que não se faça, porque, quando se casa, assume-se o compromisso de cuidar um do outro, são uma só carne. "Digo, porém, isto como que por permissão e não por mandamento. Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra." (1 Coríntios 7:6-7). O ideal seria que nem o homem se casasse e nem a mulher, porque poderiam dedicar-se a servir ao Senhor, praticar o Evangelho na sua plenitude, mas, para evitar a prostituição, para não viverem constantemente com tesão, olhando para o sexo oposto, desejando - e só em desejar já está pecando -então que se casem, mas respeitem as leis do casamento. Devem saber que têm a obrigação de se dedicarem um ao outro, não pode se dedicar ao ministério, à igreja se isso faz com que negligencie o seu cônjuge, porque o primeiro ministério dos casados é um com o outro. Já os que são solteiros, solteiras devem se dedicar integralmente ao Senhor. "Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se. Todavia, aos casados mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher." (1 Coríntios 7:8-11).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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