"Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo." (Romanos 2:1)
Infelizmente, as pessoas não meditam na Palavra de Deus, e por esse motivo, erram feio, e ainda falam contra a própria Palavra ao citarem a Palavra de Deus. Exemplo é a questão do julgamento, porque o que mais ouvimos é que não devemos julgar, mas a Palavra de Deus fala justamente o contrário, fala que devemos julgar, temos a obrigação de julgar de acordo com os preceitos bíblicos. Mas ela deixa claro que, para exercermos qualquer julgamento, devemos nos examinar, porque, se estamos em erro, como poderemos julgar os erros dos outros? Jesus disse que devemos tirar a trave dos nossos olhos antes de nos preocuparmos com o cisco nos olhos dos outros. Não podemos condenar um homicida ou estuprador, assaltante, se somos mentirosos, adúlteros, imorais, gananciosos, soberbos, ou se tivermos outro erro pecado qualquer. Para Deus não existe pecado menor ou maior, não existe um pecado maior do que outro. O que existem são pecados de desobediência, de rebeldias contra a Palavra do Senhor, e quem vive nessa prática não conhecerá a vida futura. Temos que julgar e condenar as trevas e toda desobediência, mas primeiro temos que condená-las em nós, temos que primeiro nos limpar, para depois apontar a sujeira dos outros. "E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?" (Romanos 2:2-3). O julgamento de Deus é perfeito, porque Ele é a própria Justiça, e em nenhum caso, em nenhuma hipótese, Ele beneficia alguém contra a sua Palavra. Independentemente da situação, por maior que seja o sofrimento, ou o clamor, Deus só ouvirá e agirá segundo os seus preceitos. Assim, se estivermos em erro e condenarmos os erros dos outros, estaremos acumulando pecados sobre pecados sobre as novas vidas, porque o Senhor espera que nos mantenhamos limpos, inculpáveis, para assim também ensinarmos o próximo. Quando apontamos os erros dos outros, quando condenamos alguém por estar errando em algo que achamos imperdoável, mas continuamos em pecados que julgamos menores e achamos que Deus os entenderá, estamos, na verdade, trazendo maior condenação sobre nós, até mesmo maior do que das pessoas que estamos julgando. Portanto, devemos entender bem a questão do julgamento, porque muitos que falam que não devemos julgar ninguém só com essa atitude já estão pecando.
"Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? " (Romanos 2:4). A benignidade, a bondade enorme do Senhor nos conduz ao arrependimento, isto é, quando observamos a obra de Deus e seu imenso amor e analisamos a nossa vida, então nos arrependemos dos nossos erros e nos convertemos ao Senhor. Quando falo de conversão, quero que as pessoas entendam que falo de conversão legítima ao Senhor, não conversão de mudança de religião ou de templo. A bem da verdade, creio que muitos, para não falar a maioria dos que se dizem crentes, cristãos, evangélicos, precisam urgentemente se converter ao Senhor, precisam abandonar a religião e vir aos pés do Senhor, porque muitos simplesmente se transformaram em religiosos, têm orgulho de falar que são membros desta ou daquela denominação, que vão à igreja, aos montes, que participam de campanhas, mas, ao observarmos a sua maneira de viver, percebemos que não conhecem e nem praticam o Evangelho. São pessoas que não conhecem o amor e a justiça de Deus, e nem ao menos se arrependeram dos seus erros, pois continuam com as mesmas práticas. "Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus; O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade; Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego; Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego; Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas. Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados." (Romanos 2:5-12). Não existem privilegiados diante do Senhor. Ele trata todos por igual, uma vez que todos são criaturas Dele e se transformam em filhos quando se submetem à sua vontade, e Ele, como o maior dos Pais, não poderia ter filhos preferidos. Assim, todos os que, mesmo estando em templos, igrejas, não praticam a Verdade, a Palavra, com certeza receberão a justa condenação da mesma maneira que aqueles que desconhecem a Palavra de Deus, mesmo que vivam no mundo sem conhecer o Senhor. A condenação ou a absolvição é para todos, independentemente de religiões, pois o que se fala é da prática do Evangelho de Jesus Cristo. Portanto, não podemos nos omitir em viver uma vida santa, em não praticar a Palavra de Deus, não julgar ou condenar as trevas, porque essa é nossa obrigação. Não podemos jamais esquecer que fomos criados para viver uma vida de santidade. Nós iremos julgar os anjos, como poderemos ser incapazes de julgar as coisas mínimas, os pecados do povo? Se nos omitimos, é porque também estamos em pecado, e cada vez mais aumentando o sofrimento e a angústia sobre nossas cabeças. "Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho." (Romanos 2:13-16).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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