"E, havendo escapado, então souberam que a ilha se chamava Malta. E os bárbaros usaram conosco de não pouca humanidade; porque, acendendo uma grande fogueira, nos recolheram a todos por causa da chuva que caía, e por causa do frio." (Atos 28:1-2)
Vemos muitas pessoas falarem no IDE de Jesus; muitas se autointitulam missionários, pregadores do Senhor, e gostam de dizer que estão fazendo a "obra", mas não vemos nada positivo de acordo com a Palavra de Deus. Temos um grande exemplo no apóstolo Paulo, que realmente praticava o IDE de Jesus, de maneira legítima. Primeiramente, sabemos do chamado dele por Jesus, ele não se autoqualificou para esse trabalho, ele foi chamado, capacitado e enviado por Jesus. Observamos que passou por lutas, sofrimentos, perseguições, humilhações e prisões, mas nunca soubemos que ele reclamou, se lamentou ou chorou. Aqui ele está a caminho de Roma em uma viagem perigosa, complicada, e como prisioneiro, mas, ao contrário de se lamentar, ele está ajudando, fortalecendo a todos, principalmente os seus algozes. A preocupação de Paulo não era com as suas algemas, suas correntes, e sim em pregar o Evangelho, em mostrar o caráter de Cristo pelas suas ações. Após enfrentar uma tempestade, vão parar em uma ilha onde, sob orientação de Paulo, sob a direção do Espírito Santo, todos se salvam. Os habitantes da ilha de Malta os receberam bem, e ali providenciaram uma fogueira para se aquecerem, porque era tempo de chuva e estava muito frio. Incrível a capacidade desse grande missionário que foi Paulo, o qual dizia que sabia viver no muito e no pouco, mas o que era importante era o Senhor em sua vida. Paulo não perdia uma oportunidade de pregar o Evangelho de Jesus Cristo, mesmo doente, enfermo, ele usava a oportunidade, o tempo em que se encontrava acamado para pregar. Preso, pregava para os colegas e para todas as autoridades; ele não se preocupava em se defender, ou mostrar que era inocente, ele se preocupava em testemunhar como o Senhor apareceu na sua vida e o chamou. Por tal motivo, vemos o Espírito Santo sempre cooperar com ele, sempre o conduzir, às vezes o impedindo de pregar em determinado local naquele momento. Paulo muito sofreu, mas foi um dos apóstolos mais fiéis do Senhor, pois não se permitia abandonar a sua missão, ou fazer a sua vontade. Por isto, ele se identificava como prisioneiro em Cristo, ou seja, se sentia preso a Jesus.
"E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides, e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão." (Atos 28:3). Tudo coopera para o bem daquele que ama Cristo, que não vive segundo a vontade da carne, mas do Espírito. Paulo, ao juntar lenha, gravetos, para colocar na fogueira, uma cobra o pica, e ainda fica presa pelos dentes a sua mão, o que para as outras pessoas seria motivo de reclamar, de se lamentar, afinal, estava enfrentando lutas e mais lutas e agora ainda era picado por uma cobra. Mas, na verdade, temos que entender que tudo o que acontece é vontade e permissão de Deus, portanto o Senhor permitiu que aquela cobra o picasse, e logo iremos descobrir o porquê. Quando Jesus enviou os seus, o IDE de Jesus - que muitos gostam de falar que fazem, mas não conhecem nem mesmo o que é o IDE -, Ele disse que, se alguma serpente os picasse, não lhes causaria dano algum, nem mesmo se bebessem alguma coisa envenenada lhes faria mal. Não através de uma ação deliberada buscar ser picado por uma cobra, ou tomar veneno, mas se, de alguma forma, isso viesse a lhes acontecer, nada aconteceria. "E os bárbaros, vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o deixa viver. Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não sofreu nenhum mal. E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito, e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus." (Atos 28:4-6). Quando viram a cobra pendurada em sua mão, pensaram, julgaram que seria um castigo divino, e que logo ele cairia morto, isto porque conheciam aquela espécie de víbora e sabiam que era venenosa. Eles, porém, não sabiam que aquela era uma ação do Senhor, por amor a eles, para que através daquela ação Paulo pudesse mostrar-lhes o Poder de Deus e pregar o Evangelho a todos, que foi o que ele fez, como veremos. Ficaram aguardando a morte, algum mal a Paulo, e nada aconteceu, uma vez que o apóstolo nem mesmo deu confiança a esse fato, e viram que nem mesmo inchou o local picado, então começaram a julgar Paulo um deus. Isto porque eram religiosos e acreditavam em muitos deuses e não conheciam o Deus verdadeiro, o Senhor, Criador do Céu e da terra. Essa foi a deixa para Paulo iniciar o ensino e mostrar o Poder de Deus naquela ilha. Por causa desse fato, muitos se converteram. Portanto, sabemos que até mesmo o naufrágio foi obra do Senhor, para que eles ali aportassem e conhecessem o Senhor. Mas isso aconteceu porque o Senhor tinha em Paulo um fiel discípulo, um missionário comprometido com o Evangelho de Jesus Cristo. "E ali, próximo daquele lugar, havia umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias. E aconteceu estar de cama enfermo de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou. Feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades, e sararam." (Atos 28:7-9). Paulo pregou, curou enfermos, libertou pessoas cativas de demônios, operou milagres e maravilhas, mostrou quem é Jesus. Tornou Jesus conhecido naquela ilha, e o Senhor providenciou para que eles recebessem acolhimento, suprimento e todos os cuidados necessários. Ser missionário, ou praticar o IDE do Senhor, não é ir de avião, ficar em hotéis de luxo, e exigir pagamento, ofertas, isto ou aquilo, porque esses que assim procedem não são missionários do Senhor e sim de outro. "Os quais nos distinguiram também com muitas honras; e, havendo de navegar, nos proveram das coisas necessárias." (Atos 28:10).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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