"Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação." (Romanos 15:1-2)
Todos os cristãos "fortes", aqueles cujas convicções bíblicas em Cristo lhes permite mais liberdade que os "fracos", devem suportar os mais fracos, e não apenas tolerá-los. A expressão suportar não significa apenas tolerar, mas sustentar com amor fraterno e compreensivo. Observamos em templos os que se acham fortes desprezarem os mais fracos, criticarem e até mesmo os acusar. Mas temos que conhecer com profundidade a Palavra de Deus para colocá-la em prática, porque somente assim entenderemos qual é a nossa obrigação diante dos mais fracos na fé, mesmo porque ninguém tem a obrigação ou o dever de ter o mesmo conhecimento que nós temos, assim como também não temos de ter o mesmo conhecimento dos sábios, dos mais fortes, dos mestres. Para iniciar, devemos saber que sabedoria é o princípio da obediência, e os mandamentos de Jesus são: amar a Deus acima de tudo e todos e ao próximo como a nós mesmos. Portanto, se realmente estivermos obedecendo a Ele, praticamos os seus mandamentos e amamos a Deus, e amar a Deus é obedecer, e, se lhe obedecemos, amamos o próximo como a nós mesmos. Assim, não devemos criticar ou desprezar os mais fracos na fé e sim suportá-los, ajudá-los, socorrê-los. Não temos que nos preocupar em nos agradar ou fazer a nossa vontade; temos que nos preocupar em fazer a vontade de Cristo. "Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam." (Romanos 15:3). Ser cristão é ser discípulo de Jesus, é procurar imitá-lo em tudo, e, se somos seus discípulos, seus aprendizes, devemos agir em toda situação de maneira igual. Assim como Jesus nos amou tanto que deu a sua vida para nos salvar, nos resgatar das trevas do pecado, também devemos fazer tudo para levar luz e conhecimento a todos. Não merecíamos, e Jesus nos suportou e ainda nos suporta, uma vez que vivemos em desobediência e pecado, e Ele continua nos amando e perdoando. Assim, se realmente somos fortes em Cristo, devemos demonstrar essa força vivendo em obediência e suportando os irmãos que ainda são fracos na fé. Mas não podemos confundir fraqueza com rebeldia.
"Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança." (Romanos 15:4). Tudo o que está escrito na Bíblia, toda a Escritura é para o nosso ensinamento, e é aproveitável para o nosso crescimento espiritual. Assim, não existe uma só parte que pode ser desprezada, isto não quer dizer que devemos vivê-la como está, mesmo porque devemos ter discernimento sobre histórias de Israel e mandamento do Senhor, e temos que compreender o que é lei e a Graça, saber que vivemos na Graça em Jesus e, portanto, devemos praticar o Evangelho Dele. Mas tanto os profetas com os salmos quanto as histórias de Israel servem para nos mostrar quem é Deus, e assim compreender que a Promessa é Jesus. Temos de observar os vários exemplos bíblicos, os testemunhos do Poder de Deus, e também entender que não somos e nem seremos Davi, Jacó ou outro da Bíblia, porque foram pessoas abençoadas e que venceram pela obediência e amor de Deus. Nós podemos receber mais ou menos, ser mais ou menores, mas cada um de nós tem que ser simplesmente filho, servo do Senhor. Conhecendo as Escrituras, praticando o Evangelho de Jesus Cristo, sabemos que Ele existe, é real, vive, e nos dará salvação se permanecermos firmes Nele. "Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo." (Romanos 15:5-6). A disposição de pensar em concordância significa buscar "um mesmo sentir" (a unidade). Não há possibilidade de todos os crentes pensarem de igual modo, mas é possível em Cristo que concordemos em tratar com fraternidade, tolerância e respeito todas as nossas diferenças. Devemos pensar e tratar os outros, especialmente os irmãos, indiscriminadamente, da mesma maneira que Cristo fez conosco. Mas isto não quer dizer que devemos aceitar ou concordar com o pecado, e sim orientar quem esteja em erro que o abandone. Temos que amar como Cristo amou, agir como Ele agiu, porque Ele atendeu todos os que o buscavam, deu instruções, mas todo o tempo condenou o pecado, e não titubeava em chamar os pecadores e falsos de hipócritas. "Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus." (Romanos 15:7). Assim, recebamos todos e procuremos entender, compreender as fraquezas de todos, porque isto é mandamento do Senhor. E também porque não somos melhores do que ninguém; somos simplesmente servos do Senhor. Muitos querem servir o Senhor e o amam, mas, por não terem conhecimento pleno da verdade, acabam errando. Destes devemos não somente nos aproximar como conduzi-los, suportar as suas fraquezas. Temos que compreender com maior profundidade o que é o amor de Deus. "Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais; E para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto eu te louvarei entre os gentios, E cantarei ao teu Nome. E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, com o seu povo. E outra vez: Louvai ao Senhor, todos os gentios, E celebrai-o todos os povos." (Romanos 15:8-11).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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