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FALANDO COMO HOMEM

"Irmãos, como homem falo; se a aliança de um homem for confirmada, ninguém a anula nem a acrescenta." (Gálatas 3: 15)

 Temos que entender com clareza a Palavra de Deus até mesmo para que possamos manter uma fé saudável assim como a nossa esperança, porque muitos vivem uma emoção, fazendo orações vazias e realizando rituais que para nada servem; simplesmente estão imitando outros, mas eles mesmos não têm conhecimento do que estão praticando. Oram, rezam, fazem preces, mas não têm a certeza se o Senhor tem compromisso com o que eles estão pedindo. Falam sobre promessas, mas, na verdade, não conhecem a Promessa de Deus, e, portanto, citam um monte de vontades e dizem ser promessas do Senhor. Por tal motivo, Paulo esclarece o que é a Promessa de Deus e como ela foi cumprida. Esse apóstolo dirige-se aos irmãos falando, citando exemplos humanos, a fim de provocar um melhor entendimento, porque, considerando que um testamento seja feito por mãos humanas, ninguém poderá anulá-lo depois de o haver ratificado, nem ao menos acrescentar algo. Isto é, quando alguém faz um testamento e o registra, nenhuma outra pessoa pode acrescentar algo ou suprimir nada, e, após o falecimento de quem fez o testamento, ele tem que ser cumprido à risca. Assim, antes de falarmos, defendermos, criticarmos a antiga lei, temos que primeiro entendê-la, e, na verdade, conhecer o antes dela e o depois, que é a Graça. "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo." (Gálatas 3:16). Temos que entender e compreender a Promessa de Deus a Abraão, em que foi feita a Promessa, ou seja, uma Promessa, e não várias, como muitos acreditam ou se fazem entender assim. Diz sua descendência, e não as suas descendências, isto é, no singular, fala, portanto, de uma pessoa e não de várias. Desse modo, a Promessa foi feita a Abrão e a seu Descendente. A Escritura não declara: "e aos seus descendentes", referindo-se a muitos, mas exclusivamente: "ao seu Descendente", transmitindo a informação de que se trata de uma só pessoa, isto é, Cristo. Assim, sabemos que a Promessa que foi feita a Abraão referia-se a Jesus Cristo. Também sabemos que a lei veio para solucionar uma questão e que, não sendo útil, ou não conseguindo, então Deus enviou o seu Filho, porque a Promessa da vinda de Jesus já tinha sido feita a Abraão, quando não existia lei.
 "Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a Promessa." (Gálatas 3:17). Em outras palavras: a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não anula a aliança previamente estabelecida por Deus, de maneira que venha a invalidar a Promessa. Quando Abrão recebeu a Promessa, não existia a lei, mas o Senhor já tinha revelado o que aconteceria com a herança de Abraão, que seriam escravos e quando seriam libertos. A lei só veio a ser promulgada depois da libertação do povo, dos hebreus, da escravidão a que eram submetidos no Egito. E no deserto, a caminho da terra prometida, Deus determinou que Moisés passasse a lei a eles para que aprendessem a temê-lo e a andar em seus caminhos. A lei que Deus entregou não invalida em hipótese alguma a Promessa que Ele tinha feito a Abraão há quatrocentos e trinta anos. Na verdade, é simplesmente a condução para o cumprimento da Promessa. "Porque, se a herança provém da lei, já não provém da Promessa; mas Deus pela Promessa a deu gratuitamente a Abraão." (Gálatas 3:18). A herança, vindo através da lei, então já não é a Promessa de Deus. Muitos entendem que o Senhor tenha dado a Promessa através da lei, que tenha prometido ao povo hebreu, tenha prometido a Moises. Mas não existe essa Promessa a Moisés, porque ela tinha sido feita anteriormente a Abrão, e a lei foi somente o aio, um suporte, a muleta até o seu cumprimento, que foi Jesus. A Promessa que Deus fez a Abrão se cumpriu integralmente em Jesus, assim como a lei também se cumpriu. Por esse motivo, podemos dizer que vivemos na Graça, vivemos em Jesus, e não mais na lei. Esse motivo não justifica alguém tentar viver, ou melhor, cumprir parte da lei e da Graça, porque, na verdade, não está fazendo nada, e com certeza não está agradando a Deus. Na verdade, está desagradando a Deus, pois está invalidando o sacrifício da cruz, do seu Filho. A Promessa inicial feita a Abraão se cumpriu em Jesus para todos nós, e a lei que veio nesse tempo foi a condução para que se cumprisse a Promessa. Assim, nós recebemos, somos beneficiados na Promessa, porque recebemos tudo de herança. A preparação, o caminho, o modo para que se cumprisse a Promessa foi a lei, mas somente isso, assim aquele Testamento foi cumprido, e agora vivemos o novo Testamento, feito no sangue de Jesus.
 "Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a Promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro." (Gálatas 3:19). A lei foi criada, outorgada, enviada para que trouxesse a luz às transgressões e ao pecado. O povo só veio a saber o que é pecado através da lei, portanto a função dela foi fazer com que se enxergasse a diferença entre o certo e o errado, para que trouxesse ao conhecimento de todos a diferença e a maneira de respeitar o Senhor. A lei foi acrescentada com o propósito de mostrar as desobediências, até que viesse o Descendente a quem se referia a Promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. Assim, a função da lei foi trazer entendimento, conhecimento do pecado, e não trazer salvação. A lei não veio com o objetivo de trazer salvação, mas de conduzir até a Promessa. "Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um. Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei."(Gálatas 3:20-21). Não podemos pensar que a lei é contrária às Promessa de Deus, porque, se fosse possível outorgar uma lei que pudesse conceder vida, com toda certeza a justiça resultaria da lei. Se fosse possível existir salvação através da lei, com certeza a Promessa teria sido de maneira diferente. Mas era impossível um conjunto de leis ou de preceitos trazer vida, era necessário que alguém pagasse pelas dívidas, e só tinha que ser uma pessoa sem pecado algum. Assim, a lei foi o caminho até a Promessa, o Descendente, que foi Jesus, e, portanto, hoje vivemos Nele, porque Ele veio, a Promessa se cumpriu, e Ele nos comprou, pagou por todos os nossos pecados, e se o aceitarmos e nos submetermos a Ele e não à lei, temos vida. A justiça é pela Promessa e não pela lei.  "Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a Promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes." (Gálatas 3:22).  A Escritura colocou tudo debaixo do pecado, para que a Promessa fosse concedida aos que creem por meio da fé em Jesus Cristo. Assim todos pecaram e destituídos estão do seu poder, mas graças a Deus, por Jesus Cristo que nos deu Vida Nele. "Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo."(Gálatas 3:23-27).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus abençoe.
 Um abraço,
 Pr.Henrique Lino
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