"Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos." (Romanos 15:1)
Se estamos fortes espiritualmente falando, se estamos desfrutando da presença do Senhor, então é nosso dever socorrer os que estão fracos na fé. Temos que ajudar os que não estão conseguindo se aproximar de Deus, os que tentam, mas se deparam com obstáculos que julgam intransponíveis diante da sua fraqueza. Nós, os que julgamos estar fortes, devemos mostrar a nossa força socorrendo, guiando os que declaradamente estão fracos. Não podemos viver em prol de nós mesmos, porque, sendo cristãos, estando fortes, estamos desfrutando do caráter de Cristo e cumprimos as suas ordenanças. E a segunda maior ordenança, mandamento, é amar o próximo como a nós mesmos, e sabemos que, se estivéssemos fracos, gostaríamos de ser socorridos e amparados. Mostrar o caráter de Deus, apresentar o Senhor, nós o fazemos com amor, mesmo porque o Senhor é Amor, e não o engano, ou o sentimento humano que se propaga como sendo amor, porque quem ama cuida, protege, guia e conduz ao melhor caminho, conduz ao Senhor. Quem ama não aceita ou tolera o pecado com a desculpa de amor, mas condena todo pecado e chama ao arrependimento. São muitos os que até frequentam templos, em busca de socorro, de apoio, em busca de um crescimento espiritual, mas não o encontram. São muitos os que vão a templos e saem de lá mais vazios do que quando entraram, saem piores do que quando lá chegaram. E os líderes desses templos não observam, não veem que muitos estão morrendo, desfalecendo dentro de suas casas, por falta de pastores. Morrendo por falta de cuidados. Temos que ser cuidadores, servos do Deus Altíssimo, temos que cuidar do rebanho do Senhor, guiar, conduzir com pulso firme, matar os ursos e os lobos que tentam se alimentar das ovelhas de Cristo, que foram compradas com o precioso sangue de Jesus. Não podemos nos omitir, temos por obrigação socorrer todos os irmãos e irmãs que estiverem fracos na fé, independentemente de religião, de denominação, temos que os conduzir a Cristo. É mandamento do Senhor, assim não é uma determinação somente a pastores ou a líderes, mas a todos. Claro que temos que socorrer os fracos na fé, mas os que queiram se fortalecer, os que desejam comunhão com o Senhor, não é fazer isso usando de força nem violência.
"Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação." (Romanos 15:2). Cada um de nós tem a obrigação de socorrer, de ajudar, de amar o próximo como a ele próprio. Mas agradar o próximo aqui não se refere a fazer a sua vontade, mas fazer a vontade de Deus para o próximo, porque só podemos agradar o próximo de maneira correta, se o estivermos fazendo segundo os preceitos do Senhor. Caso contrário, estaremos satisfazendo a vontade da carne, o adversário, e o conduzindo à morte e o afastando do Senhor. Agradar o próximo no que é bom para edificação, não somente para deixá-lo alegre e contente, porque muitas vezes, para agradar alguém, fazemos o que é contrário, o que ele espera. "Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam." (Romanos 15:3). Nós devemos seguir os passos do nosso Mestre, que é Jesus, e Ele não agradou a sua vontade, mas a do Pai, e, atendendo o Pai, tudo fez, sofreu por amor a nós para que fôssemos libertos do pecado. Jesus amou-nos de tal maneira que deu a sua vida por nós, mas vemos que esse amor não tolerava ou tolera o pecado. Sabemos que Ele sempre dizia: "está perdoado, mas vá e não peques mais". Assim, Jesus, que deu a sua vida por nós, não permitia pecado, mas o condenava e ocondena, e Ele chamava, atirava no rosto dos fariseus, dos religiosos a sua incredulidade e hipocrisia. O fato de não sermos compreendidos e aceitos pelos homens, pelas pessoas, não pode ser motivo para desanimarmos ou deixarmos de fazer o que o Senhor nos manda. Assim como Cristo não agradou a si mesmo, a sua carne, também nós não podemos ter a preocupação de fazer a nossa vontade, mas de fazer a do nosso Pai, se é que somos filhos Dele. "Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança." (Romanos 15:4). As Escrituras, a Palavra de Deus foi escrita por homens guiados por Deus, para servir de mapa para todos nós. Os ensinamentos do Senhor, suas ordenanças encontramos em sua Palavra, e, se a praticarmos, por ela viveremos, mas, se a ignorarmos, por ela seremos condenados e por ela desceremos à sepultura eterna. Pela Palavra é que temos fé, que produz a paciência e, consequentemente, obediência. Portanto, se amamos o Senhor, se cremos em sua Palavra, obedecemos, e o tememos, e, por conseguinte, amamos o próximo com o amor de Cristo.
"Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus,Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo." (Romanos 15:5-6). Assim, quando realmente estamos fortes espiritualmente, quando desfrutamos da presença do Senhor, quando somos filhos obedientes, cuidamos dos irmãos que se encontram fracos, ou melhor, enfraquecidos na fé. Temos que praticar o amor, portanto nos obrigamos a amar o próximo, digo nos obrigamos porque somos pessoas adultas espiritualmente falando. Assim, somos conscientes de que existem situações, pessoas às quais temos dificuldades de amar, por vários motivos, comportamentos e tudo o mais. Mas, como cristãos adultos na fé, sabemos que temos que amar todos como a nós mesmos, assim nos obrigamos, e isso fazemos por amor a Cristo. Fazemos por obediência ao Senhor, e é a única maneira de demonstrar o nosso amor a Ele. Sabemos que Ele disse que deveríamos amar o próximo como a nós mesmos, e Ele não disse que faria despertar amor em nós pelo próximo, Ele simplesmente mandou que amássemos uns aos outros. Foi uma ordem, imperativo, uma determinação, assim, simplesmente, nos obrigamos a amar todos. "Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus." (Romanos 15:7). Assim como Cristo veio, sofreu e morreu por todos, sem fazer exceção de pessoas, mas amando todos, devemos também praticar esse amor. Amar as pessoas e conduzi-las à presença do Senhor, mas jamais amar, aceitar ou concordar com o pecado, não podemos ter tolerância com as desobediências aos preceitos do Senhor, porque aí já não seria amor, mas um sentimento estranho e humano, terreno contrário ao que é do Alto, que é Divino. Se queremos amar Deus, se queremos demonstrar o nosso amor a Ele, então obedeçamos, e, se obedecemos, amemos o próximo como a nós mesmos; e, se amamos o próximo, cuidemos, socorramos e o conduzamos à presença do Senhor. "Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais; E para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto eu te louvarei entre os gentios, E cantarei ao teu nome." (Romanos 15:8-9). Sabendo que Jesus, que foi ministro da circuncisão, isto é, veio não somente para os hebreus, os israelitas, mas para todos, veio chamar os pecadores, os fracos e os perdidos, também devemos imitá-lo. Façamos o mesmo e busquemos os fracos e os perdidos, os abandonados, e os conduzamos à presença do Senhor, porque essa é a sua vontade. "E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, com o seu povo. E outra vez: Louvai ao Senhor, todos os gentios, E celebrai-o todos os povos. Outra vez diz Isaías: Uma raiz em Jessé haverá, E naquele que se levantar para reger os gentios, Os gentios esperarão. Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo." (Romanos 15:10-13).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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