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A LEI E O HOMEM

"Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?" (Romanos 7:1)

 Paulo provavelmente tinha em mente a lei mosaica, mas seu interesse aqui visava ao caráter fundamental da lei por si mesma, sob os aspectos gerais. Enquanto estivermos vivendo neste mundo, enquanto carne, existem normas e leis dos homens a que temos que nos submeter. São várias as leis: as que se aplicam às propriedades, as legislações, as leis para idosos, crianças, para empregados, patrões, para todos. E graças a essas leis vivemos em uma sociedade organizada (pelo menos deveria ser). Caso contrário, seria uma baderna, um total anarquismo, tornando-se impossível a existência. Portanto, enquanto vivermos, temos que nos submeter às leis em prol do bem comum e, se não as aceitarmos, receberemos o devido castigo, a devida punição. As leis são para serem obedecidas, e, não sendo obedecidas, há sujeição a castigo, tais como multas, prisão, desapropriação e outros. Enquanto se vive, todos têm que se submeter às leis, pois elas dominam sobre todos, enquanto vivos aqui. Assim também, enquanto vivos para Deus, existem leis do Reino de Deus que temos que cumprir aqui, e o seu não cumprimento nos conduz a punições, castigos vários e à morte. A severidade da lei de Deus se aplica a todos, e os que não se submetem a ela recebem a pena capital, sentença de morte, estando vivos carnalmente."Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado." (Romanos 11:22). Para vivermos bem aqui, devemos nos submeter às leis da terra, não esquecendo que elas têm que ser obedecidas, pois o descumprimento delas é rebeldia contra Deus, pois toda autoridade emana do seu Poder. As leis de Deus se resumem a duas: amar a Deus de todo coração e ao próximo como a si mesmo. Daí é que vêm todas as obediências aos outros preceitos que nos dão vida. Portanto, para vivermos bem, é necessário nos submeter às leis de Deus, porque, se não nos submetemos a elas, somos desobedientes, e a desobediência gera enfermidades em todas as áreas das nossas vidas, e essas enfermidades nos conduzem para a morte eterna. A desobediência às leis de Deus é a rejeição da vida abundante disponibilizada para os filhos.
 "Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido." (Romanos 7:2). A lei de Deus em relação ao casamento é conhecida de todos, e por todos, e praticada pela minoria. Todas as religiões, ou pelo menos a maioria das cerimônias religiosas ou civil de casamentos repete ou cita a frase "até que a morte os separe", mas para muitos não passa de uma frase. Pessoas que estão no décimo casamento continuam repetindo a frase a cada novo casamento, mostrando o total desrespeito à palavra de Deus. A falta de temor, o compromisso com as emoções, com a carne, faz com que ignorem a palavra de Deus, porque, segundo a lei de Deus, casamento é somente um, e tem que ser até a morte; só se pode casar novamente no caso de viuvez. Todos os que estão em um segundo, terceiro casamento estão em pecado, e por mais que vão a igrejas, templos, que orem, esse pecado os conduzirá à morte. A lei de Deus tem que ser cumprida, obedecida, e não existem desculpas para um segundo casamento. Em nenhum momento Deus permite um recasamento, pois seria ir contra a sua própria Palavra, porque, quando as pessoas se casam, Ele transforma as duas em uma só carne. A impossibilidade de Deus permitir um segundo casamento, mesmo em caso de adultério, é que não se pode unir três pessoas, somente duas. Uma mãe não é uma só carne com o filho que nasce do seu ventre, mas é com o marido. "De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido." (Romanos 7:3). Todas as mulheres e homens que se divorciaram e casaram novamente estão diante do Senhor em situação de adultério, e não é oração, jejum ou qualquer outro sacrifício que vai mudar essa situação. A única maneira é abandonar essa situação, saber que para Deus não existem segundo casamento, recasamentos. Se existe uma separação, ou até mesmo um divórcio por causa de um adultério, que fique sem se casar ou se reconcilie com o cônjuge. Mesmo vivendo em celibato por motivo de um adultério, isso não absolve ninguém, porque a falta de perdão conduz ao afastamento de Deus. A lei de Deus é clara, a mulher casada está ligada ao marido enquanto ela viver, não existe nenhuma maneira de mudar isto, porque Deus e as suas leis são imutáveis.
 "Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus." (Romanos 7:4). Assim, quem está em Cristo é uma nova criatura que crucificou a sua carne, sua vontade junto com o Senhor. Portanto, os desejos errados da carne não mais imperam, não mais dominam. No mundo se pode casar quantas vezes quiser, podem ser usadas drogas legalizadas, tais como cigarros, bebidas alcoólicas, podem-se manter relações sexuais sem se casar, e até mesmo ter vários romances com pessoas diferentes, e ao mesmo tempo; pode-se mentir, e fazer várias coisas semelhantes a essas que não se receberá punições, muito pelo contrário, elogios. Mas isso é o mundo, e quem pratica tais coisas se submete ao mundo, está morto para Deus, porque vive à revelia da sua Palavra. Praticando tais atos, não adianta ir a templos ou igrejas, pois não receberá nada, e, com certeza, se não aceitar a conversão, a mudança, o abandono dessas práticas, com certeza irá para a morte eterna. Mas, se já crucificamos a nossa carne com Cristo, vivemos segundo a sua lei, porque somos Dele, e com Ele viveremos e reinaremos por toda a eternidade. "Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte." (Romanos 7:5). Quando não conhecemos o Senhor, não sabemos os seus preceitos, cometemos todos os tipos de ofensas contra Ele, mas, pela grandeza do seu amor, Ele faz com que a sua Palavra venha até nós. E agora o conhecendo não temos mais desculpas, não há como justificar os nossos erros e pecados. Não mais podemos viver seguindo as nossas emoções, pois elas conduzem à morte e a vontade da carne conduz à separação permanente do Senhor. "Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito." (Gálatas 5:18-25). Fica claro que os praticantes da lei da carne, da vontade e desejos humanos não herdarão o Reino de Deus. Temos que andar segundo o Espírito, pois por Ele viveremos. A lei de Deus é para ser obedecida, cumprida e jamais ignorada. "Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra." (Romanos 7:6). 
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
 Um abraço,
 Pr.Henrique Lino
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