"Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou." (Hebreus 7:1)
Abraão, o Patriarca da fé, o pai das promessas, aquele cuja fé é citada como exemplo e que não teve nenhum medo de querer sacrificar o seu filho ao Senhor, aquele cuja descendência cristã provém dele, o que é o pai das doze tribos de Israel, e que é antes da lei, esse homem tinha a promessa, e ela se cumpriu porque ele perseverou em obedecer e crer no Senhor, portanto recebeu o título de pai da fé e das promessas. Esse homem viveu antes da lei, e, portanto, não sabia a respeito de obediências aos preceitos do Senhor, mas os cumpriu pela fé e pelo temor. Esse homem foi o primeiro dizimista, pois o Senhor enviou um sacerdote somente para receber os seus dízimos e abençoá-lo. Vemos a seriedade dos dízimos, que são um mandamento do Senhor para todos os cristãos, porque, mesmo sem ter essa lei escrita, Deus já a tinha revelado ao patriarca Abraão, e também enviou um sacerdote somente com a finalidade de recolher o dízimo e abençoá-lo. Abraão, antes de receber o seu Isaque, teve que ser primeiramente dizimista. "E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo.E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo." (Gênesis 14:18-20). Esse sacerdote que prefigura Cristo somente aparece nesse momento para receber os dízimos e abençoar Abraão, que naquela época ainda se chamava Abrão. O sacerdote chegou trazendo os elementos da ceia, o pão e o vinho, a carne e o sangue de Cristo, e o principal, a bênção do Senhor."A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz." (Hebreus 7:2).Ainda não existiam sacerdotes do Senhor, não existiam mandamentos nem lei do Senhor, então Ele enviou um sacerdote para abençoar e recolher os dízimos, esse que significa rei de justiça e rei de paz, mas que, além de prefigurar Cristo, mostra como deve ser o sacerdote. A função do sacerdote é abençoar, ser de paz e de justiça, e isso é mandamento, esse procedimento, caráter, tem que ser constante.
"Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre." (Hebreus 7:3).De todas as pessoas citadas na Bíblia sabemos a sua genealogia, pois as Escrituras fazem questão de relatá-la, citar quem são os pais e tudo mais. Mas o único de que nada sabemos é esse sacerdote, pois não se fala de onde veio ou qual era a sua descendência. Sabemos que era um sacerdote do Senhor e era rei de paz e de justiça. Não sabemos a sua idade, onde nasceu, quando morreu, se era casado ou qualquer coisa, mas sabemos que era rei de paz e de justiça. Ele prefigura Cristo, que foi enviado a Abrão para abençoá-lo e lhe servir do seu corpo e do seu sangue. Vemos quão fantástico é que ele não apareceu para receber uma oferta de Abraão, mas os dízimos; e Deus já tinha colocado no coração de Abraão esse entendimento, porque vemos que Ele agiu de maneira natural. Por esse motivo devemos sempre analisar se estamos devolvendo os nossos dízimos a um sacerdote do Senhor, se realmente estamos entregando-os a um representante de Deus, e se estamos recebendo as bênçãos dele. Examinar para saber se a quem devolvemos os nossos dízimos é um sacerdote, rei de paz e de justiça. "Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos." (Hebreus 7:4). Sabemos que o dízimo é muito anterior à lei e continuou na mesma e permanece na Graça,sendo que o Senhor Jesus confirmou isso. Dízimos não se devolvem em instituição de caridade, ou em templos, igrejas, ou até mesmo para sacerdotes que estejam precisando, necessitando. O dízimo deve ser entregue ao nosso sacerdote, aquele a quem confiamos a nossa alma, aquele que nos abençoa e responde diante do Senhor por nós. Devolvemos a quem confiamos como sacerdote e cremos que realmente é um homem (não mulher) de Deus. Oferta é diferente, podemos dar, ofertar onde e como quisermos e por vários motivos. Mas os dízimos, somente os entregamos para um sacerdote do Deus Altíssimo. "E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão." (Hebreus 7:5). Os encarregados de ministrar e tomar conta do templo eram somente da família de Levi, ou seja, os sacerdotes que têm a obrigação de receber os dízimos do povo, que eram da descendência de Abraão, tiveram que primeiramente, através do patriarca Abraão, o devolver. Assim fica claro que não se exclui ninguém, todos devem devolver os dízimos do Senhor e receber as bênçãos; em Abraão a promessa só se cumpriu após ele cumprir essa obediência.
"Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas." (Hebreus 7:6). Melquisedeque, que nada mais se sabe a seu respeito, além de rei de paz e justiça, além de sacerdote do Deus altíssimo, apareceu para receber os dízimos daquele que tinha promessas grandiosas de grandes milagres, como aconteceu. Assim sabemos se temos promessas em nossas vidas e todos as temos; devemos então obedecer e devolver o que é do Senhor, entregar os seus dízimos, os dez por cento de tudo o que vem às nossas mãos a um sacerdote do Senhor. Não a qualquer sacerdote, mas ao nosso sacerdote, o qual sabemos que realmente é um homem de Deus. Não se pode fazer caridade com os dízimos do Senhor, mas devolvê-los a um legítimo representante do Senhor. Não a qualquer um, ou para qualquer lugar, pois, além de não receber a bênção, não nos alimentamos do corpo de Cristo, que é o legítimo alimento. "Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior." (Hebreus 7:7). Sabemos que somente quem é maior espiritualmente do que nós tem condições reais de nos abençoar. Por isso, se não concordamos com o sacerdote, se vemos que ele concorda e aceita ações que são contrárias à palavra de Deus, se percebemos erros nele, não devemos e nem podemos lhe entregar os nossos dízimos, porque como poderemos receber as bênçãos de quem não as tem?Pois todos os que não vivem segundo a Palavra, que não praticam o Evangelho e não aceitam distorções não podem ser sacerdotes da ordem de Melquisedeque. O sacerdote tem que ser rei de paz e de justiça, tem que ser um sacerdote do Deus Altíssimo, tem que viver estritamente na Palavra, para ter condições de nos abençoar. Para receber os nossos dízimos, tem que pertencer à ordem de Melquisedeque, que prefigura Cristo. "E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive." (Hebreus 7:8).Todos nós, os sacerdotes que recebemos os dízimos em nome do Senhor, um dia morreremos, e,sendo fiéis à ordem, com certeza renasceremos em Cristo. Mas esse mandamento foi dado por aquele que vive para sempre, foi dado por Cristo, assim, quando não devolvemos os nossos dízimos de maneira correta e a um verdadeiro sacerdote da ordem de Melquisedeque, além de não recebermos as nossas bênçãos, estamos indo contrários à Palavra de Deus. Portanto, examine se realmente está devolvendo os seus dízimos a um sacerdote legítimo, caso contrário, busque um sacerdote do Deus Altíssimo. "E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro." (Hebreus 7:9-10).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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