"E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido." (Lucas 2:21)
Tudo sobre Jesus foi revelado antes do seu nascimento carnal, os profetas tudo tinham profetizado, do seu nascimento à morte e ressurreição, além de seu nome. O anjo já tinha aparecido a Maria antes e dito qual nome seria, o que na época certa de circuncidá-lo foi-lhe dado. Jesus como judeu, israelita, deveria circundar, porque a lei assim exigia, e como o Senhor veio para cumprir a lei, evidentemente que os seus pais deveriam levá-lo a se submeter a essa exigência legalista. Toda criança do sexo masculino deveria aos oito dias de nascido ser circuncidado, que é o ato de fazer uma marca, um círculo ao redor do prepúcio da criança. E nessa data, ou dia, deveriam já ter definido o nome do filho. Por esse motivo, o nome de Jesus tornou-se conhecido a todos nesse dia, ou seja, no dia da sua circuncisão. "E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor (Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor); E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos."(Lucas 2:22-24). Depois de quarenta dias do seu nascimento,Ele foi levado ao templo para a sua apresentação, porque, depois de dar à luz o filho, a mãe precisava esperar 40 dias antes de ir ao templo oferecer o sacrifício de purificação. Se não pudesse comprar um cordeiro e uma rolinha (ou pombinho), seriam aceitáveis duas rolinhas (ou pombinho). E como o templo ficava em Jerusalém, as pessoas deveriam se deslocar de onde estivessem até lá para cumprir essas determinações. Portanto, sabemos que José e Maria deslocaram-se,para cumprir esse ritual, de 9 a 10 quilômetros-distância de Belém a Jerusalém. Os primogênitos (o primeiro filho masculino) dos seres humanos e dos animais deviam ser dedicados ao Senhor, sendo que os animais eram sacrificados.Mas os seres humanos deveriam servir a Deus durante a vida inteira. Os levitas, na verdade, serviam em lugar de todos os primogênitos masculinos de Israel. Portanto, José e Maria foram cumprir toda a determinação da lei, porque em Jesus a lei deveria ser cumprida cem por cento, como realmente o foi.
"Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele." (Lucas 2:25). Simeão, que era um homem de Deus, um servo fiel, já tinha recebido a revelação do Senhor de que ele veria o Messias, o menino Jesus, aquele que iria libertar a todos nós. Portanto, esse homem aguardava pacientemente ver a consolação de Israel, ou seja, o consolo que o Messias traria ao seu povo na sua vinda. O Espírito Santo estava sobre ele, mas não da mesma maneira que sobre todos os crentes após o Pentecostes. Simeão recebeu um entendimento especial para reconhecer o Cristo. Deus já tinha preparado para que ele testemunhasse sobre Jesus, e por isso o capacitou."E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor." (Lucas 2:26). Simeão sabia que ele não morreria sem antes ver o libertador, a Esperança. Quando nos dedicamos ao Senhor, à prática da sua Palavra, a nos consagrar a Ele, quando nos santificamos, temos intimidade com o Pai, e Ele, pelo seu Espírito, nos revela as coisas futuras, revela o que há de acontecer. Não o passado, não o que já aconteceu, mas o Senhor sempre revela aos seus o que há de vir. "E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei." (Lucas 2:27). Guiado pelo Espírito de Deus, Simeão foi ao templo no dia e hora exatos em que José e Maria levaram o Menino Jesus para ser apresentado. Sabemos que Simeão era um homem de Deus porque a Bíblia nos fala, e pelos seus atos confirmamos isso. Vemos que ele simplesmente obedeceu aguardando a vinda do Messias, e, no momento em que Deus falou, ele foi ao templo. Isso se chama fé e obediência. Por esse motivo teve o privilégio de ver acontecer: "Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, Segundo a tua palavra; Pois já os meus olhos viram a tua salvação, A qual tu preparaste perante a face de todos os povos; Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel."(Lucas 2:28-32).Imagina a alegria desse homem ao saber que estava em suas mãos o Filho de Deus, com certeza algo fantástico, prova tal que ele compôs na hora o hino em que ele fala para o Senhor que agora o pode despedir, poisa sua missão e felicidade estão completas. O hino composto por Simeão passou a chamar-se Nunc dimitis, as primeiras palavras da tradução da Vulgata Latina, com o significado: "Agora despede."
"E José, e sua mãe, se maravilharam das coisas que Dele se diziam." (Lucas 2:33). Maria e José, além de alegres e orgulhosos, creio que deveriam constantemente agradecer ao Senhor pela honra de permitir que eles cuidassem do seu Filho. Mas também a toda hora, quando se confirmava quem era Jesus, acho que eles percebiam a responsabilidade de cuidar do Filho de Deus. "E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e para sinal que é contraditado." (Lucas 2:34).Simeão abençoou Maria e disse-lhe quem realmente era Jesus ao afirmar que Ele seria para a elevação de muitos e para sinal contraditado, porque Jesus veio para salvar muitos, mas por Ele muitos foram e vão à perdição eterna: a queda e o levantamento de muitos. Cristo levanta os que Nele creem, mas é uma pedra de tropeço para os incrédulos. Sinal de contradição. Cristo remete para o Pai e para seu amor pelos pecadores, e quem se opõe a Cristo também se opõe ao Pai. Quem obedece ao Senhor, quem ouve Jesus alcança a salvação, quem o despreza recebe somente dor e sofrimento por toda a eternidade. "(E uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações." (Lucas 2:35) Quando Simeão diz "também", ele está dizendo a Maria assim: quanto a você, uma espada atravessará a sua alma. A frase mostra que Maria e não somente Jesus sofreria aquela angústia profunda. Trata-se da primeira referência no evangelho de Lucas, ao sofrimento e à morte de Cristo. Sabemos o quão difícil é para uma mãe acompanhar o sofrimento de um filho, imagina então o de Maria acompanhando a prisão, as surras, a crucificação de Jesus e, consequentemente, a sua morte. Foi revelado o que Maria passaria, como de fato passou. "E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade; E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia."(Lucas 2:36-37). Essa Ana (misericordiosa) louvou a Deus pelo menino Jesus, assim como Ana do antigo Testamento louvara a Deus pelo menino Samuel; esta também era uma mulher temente a Deus. O fato de a Bíblia dizer que ela nunca deixava o templo pode significar que, como o templo de Herodes era bem grande e compreendia cômodos para vários fins, Ana talvez tivesse permissão de morar num deles.Mas a declaração, no entanto, pode muito bem significar que ela gastava todas as horas do dia frequentando o templo e ali adorando. O fato é que ela foi recompensada vendo, reconhecendo o Menino Filho de Deus. "E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava Dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém. E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para a sua cidade de Nazaré. E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a Graça de Deus estava sobre Ele." (Lucas 2:38-40).
Leiam e pratiquem a Bíblia.Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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