"E, levantando Ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus." (Lucas 6:20)
Jesus afirmou que o Reino dos céus é dos pobres, isto porque, sendo pobres, as pessoas tendem a buscar socorro no Senhor. Mas temos que entender que o Senhor não disse que é de todos os pobres, ou que somente por ser pobre já tenha direito à herança no Reino. O Senhor está falando exatamente sobre o assunto das riquezas, a inefabilidade das riquezas mundanas, porque o rico não tem tempo para se dedicar ao Senhor, para buscar se santificar, e confia muito mais no dinheiro do que no Senhor. O pobre já tende a buscar o Senhor exatamente por causa das suas mazelas, e, por causa dos sofrimentos e necessidades que vive, busca refúgio no Senhor. Como falamos anteriormente, não são todos os pobres, porque muitos são os que encontram na pobreza motivo para viverem no pecado, afastados do Senhor. Portanto, sendo pobres, devemos usar a nossa condição para buscar conhecer mais do Senhor, buscar o conforto Nele, porque os ricos terão somente o conforto aqui. Jesus deixou bem claro que riquezas e Reino dos céus são incompatíveis."Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir."(Lucas 6:21). O Senhor ainda diz que os que passam fome, necessidades, serão recompensados, já os que tudo têm passarão por sofrimentos. Por tal motivo, vemos a incompatibilidade das pregações sobre prosperidade, o que é muito comum para atrair os incautos. Não temos um Deus contraditório, e nem podemos mudar a Palavra, o Senhor em nenhum momento afirmou ou prometeu riquezas materiais aqui para ninguém. Ao contrário, afirmou que os seus seguidores passariam por lutas, necessidades, mas que o Maná não faltaria. A verdade é que o Senhor cuida dos seus, e sempre os seus servos terão o seu Maná, terão o necessário para viver, mas luxo e conforto jamais serão dados pelo Senhor. Somos seguidores de Jesus, que, apesar de ser o Criador de tudo, nasceu em um lar pobre, viveu na pobreza e, quando morreu, não deixou nenhuma herança material, a não ser as suas vestes, que foram divididas pelos seus algozes. Na verdade, eu vejo na pobreza uma oportunidade de buscarmos mais o Senhor, sermos totalmente dependentes Dele. Somos peregrinos neste mundo que jaz no maligno, não somos cidadãos deste mundo, já os que amam a riqueza são cidadãos deste mundo.
"Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem." (Lucas 6:22). Jesus não prometeu festa, farra, abundâncias aqui, mas disse de maneira clara que enfrentaríamos lutas, batalhas, sofrimento e desprezo, exatamente por não pertencermos a este mundo. Exatamente por vivermos e pregarmos a verdade, o Evangelho de Jesus Cristo, somos odiados, perseguidos, caluniados, discriminados, rejeitados, mas, quando isto acontece, nos alegramos, porque sabemos que estamos fazendo a vontade do nosso Mestre. Os deste mundo transformam a verdade em mentira, distorcem o Evangelho, para enganarem e trazerem consolo às pessoas, e com isso as afasta da Vida, que é Jesus. Mas podemos, com toda certeza, nos alegrar quando nos perseguem por pregarmos e vivermos a Verdade sabendo que estamos caminhando em direção à Vida. O nosso mundo não é aqui, somos estrangeiros, somos peregrinos."Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas." (Lucas 6:23). Por isso não reclamamos da nossa condição de pessoas pobres, materialmente falando, não reclamamos das perseguições, ao contrário, glorificamos o Nome do Senhor, por achar que somos dignos de sofrer pelo seu Nome. Em todo o tempo devemos observar a Palavra e veremos que existe a incompatibilidade entre viver neste mundo e viver no Reino de Deus, porque quem vive aqui está morto para o Reino, mas quem morre para este mundo está vivo para o Reino para todo o sempre. Jesus disse que devemos buscar primeiro o Reino dos Céus, e que as demais coisas nos seriam acrescentadas, mas Ele não quis dizer com isso que daria fartura ou riquezas a ninguém. Simplesmente prometeu cuidar, enviar o seu Maná, o sustento. Assim, sejamos gratos ao Senhor e agradeçamos por termos a condição que temos hoje, porque isso mostra o seu amor por nós. Mas aqueles que tudo têm aqui é somente isso que terão para todo o sempre. "Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação. Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis." (Lucas 6:24-25). Os ricos têm somente o que vivem aqui, o consolo é o que desfrutam aqui. Os ricos desfrutam do mundo e do que ele oferece para eles, porque são cidadãos terrenos. Os que tudo têm aqui passarão necessidades, fome, porque enfrentarão o sofrimento e a vergonha eternos.
"Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas." (Lucas 6:26). Devemos ficar preocupados quando estivermos agradando o mundo, quando estivermos agradando as pessoas, quando falam bem a nosso respeito, quando nos elogiam. No passado, as pessoas adoravam e elogiavam os falsos profetas, e hoje continuam fazendo o mesmo, porque amam as pregações de prosperidade, os que pregam mentiras, o consolo e a satisfação de ego. Como não fazemos esse tipo de coisa, como não temos a pretensão de agradar a ninguém, mas somente ao Senhor, somos rejeitados, mas damos glórias a Deus, pois sabemos que estamos fazendo a vontade do nosso Pai, e vemos o Evangelho se cumprindo. Não buscamos recompensas aqui, não buscamos elogios, mas desejamos ardentemente fazer a vontade do Pai, cumprir a nossa missão. O verdadeiro cristão tem essa preocupação, agradar a Deus e não ao mundo. "Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam." (Lucas 6:27-28). O Senhor fala diretamente a nós, a todos os que ouvem agora, todos os que escutam a sua Palavra, os que leem o Evangelho, todos os que de alguma forma tomam conhecimento desta Palavra. Ele nos manda amar os nossos inimigos, os que nos desejam mal, os que planejam o mal contra nós. Jesus nos manda amá-los, e Ele não nos diz que fará com que os amemos, mas determina que os amemos. Assim fica claro que é uma determinação, uma ordem, somos nós que temos que lutar contra nós mesmos, nossa vontade, e amar os que nos têm como inimigos. Jesus nos manda abençoar todos os que nos amaldiçoam, todos os que desejam o nosso mal, nós os abençoamos em nome do Senhor Jesus Cristo. Eles nos desejam mal, mas nós oramos, clamamos ao Senhor que os perdoe e os abençoe. Clamamos ao Senhor que venha a verdade sobre eles e que sejam libertos, e assim sejam dignos de alcançar o Reino vindouro. "Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses; E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir. E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também."(Lucas 6:29-31). Temos que ser diferentes, fazer a diferença, sermos luzes, agir de maneira contrária ao mundo, mesmo porque não somos daqui. Perdoar todos, amar de igual maneira, e sempre procurar ajudar, socorrer todos os que precisam. Jamais revidar as ofensas e sempre, todo o tempo, abençoar todos. "E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto. Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque Ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso." (Lucas 6:32-36).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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